VIAGENS
Voos corporativos: Gol prevê retomada integral da demanda corporativa aos níveis pré-covid no 1º trimestre; saiba mais
Apesar de não ter retornado a grande demanda de empresas, vice-presidente financeiro vê com otimismo o futuro do setor corporativo
Ainda que não tenha retornado a demanda de grandes empresas integralmente, a Gol prevê retomada ao longo do primeiro semestre de 2022. É o que espera Richard Lark, diretor vice-presidente financeiro e de RI da Gol, com otimismo acerca do segmento corporativo.
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"Ainda não tivemos uma retomada total dos grandes clientes corporativos. Esperamos que isso aconteça no final do primeiro trimestre, com a base total de clientes recuperada no segundo trimestre", disse ele durante evento com investidores na Bolsa de Cingapura, transmitido virtualmente.
Lark explicou que o mercado financeiro representou 18% das vendas do setor aéreo em 2019 e, no final do ano passado, só havia recuperado 40% dos níveis pré-pandemia. Já a indústria de óleo e gás, que tradicionalmente é o principal driver do segmento corporativo, só recuperou 50% dos patamares de 2019. "Vimos retomada das vendas para grandes empresas, mas os setores que estão se recuperando mais são os de veículos e autopeças, bebidas e máquinas e equipamentos", destacou.
Desde o início da pandemia, a Gol pagou cerca de R$ 12 bilhões em dívidas. Atualmente, a dívida de curto prazo da aérea é de R$ 500 milhões.
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Internacional
Richard Lark relata que a demanda doméstica no Brasil retornou aos níveis pré-pandemia em dezembro, quando as vendas da companhia atingiram R$ 970 milhões, valor 9,8% acima do mesmo período de 2019.
Ele acrescentou que normalmente 15% da oferta da Gol (ASK) é internacional, o que representa 9% a 10% da receita total e 5% do Ebitda. Para 2022, segundo o executivo, esses números devem ser a metade do nível de 2019.
"Nossa grande demanda no internacional é da Argentina, que ainda está se recuperando. Neste ano, a contribuição do internacional deve ser de 8% do ASK", disse.
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Frota
A Gol estima 28 novos Boeing 737 MAX para substituir 23 NGs ao final deste ano, quando a companhia terá 44 aeronaves 737. Em 2025, a aérea terá metade da frota composta de MAX e o restante de NGs. "Os MAX são os aviões mais líquidos da história", defendeu.
Segundo ele, a renovação da frota está sendo financiada por empréstimos de longo prazo. "Para este ano, estimamos operar 108 aeronaves, com redução de custos (CASK) de 10% em dólares", observou o executivo, destacando que a substituição das aeronaves deve levar a um aumento da utilização média diária.
De acordo com Lark, a companhia terá 24 aeronaves através de leasing financeiro e 126 em leasing operacional em 2025.
Smiles
O diretor de RI da Gol reforçou as oportunidades trazidas pela fusão com a Smiles, ocorrida no ano passado. "Estamos gerando sinergias que não teríamos sem a incorporação da Smiles."
O executivo pontuou que a tarifa média de resgate do programa de fidelidade cresceu 15% nos últimos meses, com crescimento de R$ 3 milhões por dia das vendas médias de resgate em relação ao período pré-incorporação.