Quase um mês. Mais precisamente 25 dias de incertezas e agonia. Esse foi o período transcorrido entre a liberação das academias de ginástica e o mesmo anúncio feito, na última quinta-feira, para as de artes marciais. Chama atenção, porém, o fato de a novidade ter sido um dos únicos pontos que avançou no Plano de Convivência com a Covid-19 em Pernambuco.
Talvez a autorização tenha acontecido porque já não havia mais argumentos para impedir que os estabelecimentos que trabalham com artes marciais permanecessem fechados. Desde o último dia 20 de julho, o governo detém o protocolo de segurança feito por 20 líderes de federações de artes marciais pernambucanas. Se o argumento para a proibição residia no fato de serem atividades de contato físico, o documento deixou bem clara a solução.
As academias de lutas pediam apenas para trabalhar em sistema de condicionamento físico com os seus atletas. Sem proximidade alguma entre os praticantes. Cada um na sua área, de máscara e com álcool em gel ao alcance. O modelo de treino só avançaria com a diminuição abrupta da curva de contágio.
Esse é o mesmo modelo que vem sendo utilizado na Europa, segundo epicentro da doença após a China, e pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para o alto rendimento.
Outro aspecto que não pode ser negligenciado é o fato de as academias de luta também serem severas promotores de saúde. Algo que se mostrou tão frágil em nosso País com a pandemia.
Portanto, qual a lógica de segurar a proibição por 25 dias a mais se já havia um protocolo de segurança deixando evidente a ausência de contato físico nas atividades?
Pode ser o estado de calamidade pública. A enorme demanda de decisões a serem tomadas. Outras prioridades. Motivos e justificativas sempre estarão às mãos de quem não espera, há quase cinco meses, para voltar a colocar comida na mesa.
Mas isso é passado. Respeito aos protocolos e bom retorno ao pessoal das lutas amanhã!
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