Desde o último dia 13, a Netflix disponibilizou em seu catálogo a terceira temporada da série espanhola Elite. Com oito novos episódios, a atração original da plataforma criada por Carlos Montero e Darío Madrona chegou a seu terceiro ano mantendo os ingredientes de sucesso deste suspense juvenil ambientado em um colégio de primeira classe: amor, sexo, drogas, amizade e morte.
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Na sinopse do terceiro ciclo da série, a história é retomada a partir do retorno de Polo (Álvaro Rico) ao colégio Las Encinas. E a tensão que sua presença provoca nos estudantes, por ser responsável por um assassinato na primeira temporada, culmina em uma nova tragédia. E desta vez, o próprio rapaz é a vítima. Paralelo à morte de Polo, os protagonistas vivem seus últimos meses no instituto buscando tomar decisões que vão determinar seus futuros.
Na plataforma de streaming, os novos episódios de Elite chamam a atenção, logo de cara, pelos títulos, que evidenciam um ou dois personagens. Além de destacar uma storyline sobre eles, em capítulos de 40 a 50 minutos em média, outros enredos também se desenvolvem buscando dar ao espectador, principalmente, um argumento para ele ou ela ter cometido o crime que vitimou Polo na fatídica noite de formatura, além de ver seu depoimento à delegada contando sua versão do caso.
MAIS DO MESMO?
Para quem assistiu as outras duas temporadas, a estética da série parece repetitiva, já que alguns personagens ainda vivem na sombra do “Quem Matou Marina (María Pedraza)?”. Mas a morte de Polo, além de gerar um suspense até o último episódio, dá um novo fôlego à história e surpreende com uma season finale que se constitui, em sua grande parte, com trechos já vistos nos outros sete episódios, como se fossem pistas deixadas para a resolução do crime.
A terceira temporada de Elite também traz dois personagens novos, mas que pouco acrescenta à narrativa principal: Malick (Leïti Sène), um muçulmano que se envolve com Nadia (Mina El Hammani) e esconde um segredo íntimo; e Yeray (Sergio Momo), que vai se envolver com Carla (Ester Expósito). Este último personagem, inclusive, chega com uma storyline de bullying e gordofobia, mas isso é logo esvaziado quando ele se aproxima da “Marquesa” e afeta a relação com o pai dela, Teodoro (Rubén Martinez).
Quanto ao elenco principal, as atuações se revelam mais amadurecidas e, nesse sentido, ninguém diminui a temperatura dos episódios. Os trabalhos de Miguel Bernardeau (Guzmán), Arón Piper (Ander), Omar Ayuso (Omar), Jorge López (Valerio), Claudia Salas (Rebeka) e do próprio Álvaro Rico (Polo) são grandes destaques, assim como Danna Paola, que traz uma Lu mais humana, sem deixar de lado a empáfia de patricinha que lhe é característica.
Com episódios bem dirigidos por Jorge Torregrossa e Dani de La Orden, Elite ainda consegue ser instigante em sua terceira temporada ao trazer um roteiro que passa longe do previsível e histórias bem amarradas. E ainda que pareça apenas uma “série teen”, as abordagens seguem ousadas na medida certa.
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