Pirataria

Aplicativo de vídeos Zoom entra na mira da justiça de Nova York

O motivo foi o crescente números de videoconferências pirateadas durante a pandemia do coronavírus

AFP
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Publicado em 01/04/2020 às 15:24 | Atualizado em 01/04/2020 às 15:34

O uso das videoconferências Zoom, cada vez mais utilizadas durante a pandemia de coronavírus, está na mira da procuradora-geral do estado de Nova York, que se inquieta pelo número crescente de usuários cujas reuniões foram pirateadas. 

"Enviamos uma carta à Zoom com uma série de perguntas para termos certeza de que a empresa toma medidas apropriadas para garantir a privacidade e a segurança dos seus usuários", disse à AFP um porta-voz da procuradora Letitia James.

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Não foi revelado o conteúdo exato da carta, mas foi informado que a procuradora espera trabalhar em cooperação com a Zoom para solucionar o problema.

Nas redes sociais, com a hashtag #zoombombed, os usuários relatam como subitamente surgiram imagens pornográficas ou racistas inundando suas telas durante as videoconferências.

O escritório do FBI em Boston informou na segunda-feira ter recebido "vários exemplos de teleconferência perturbadas por imagens pornográficas, de ódio ou de linguagem ameaçadora", segundo um comunicado.

A plataforma não é utilizada somente por muitos trabalhadores em regime de 'home office' que estão em quarentena ou praticam o isolamento social, mas também por empresas e escolas que fecharam as portas e estão dando aulas online.

Entre os exemplos citados pelo FBI em Boston, uma estudante do ensino médio de Massachusetts contou que um professor interrompeu a aula quando um indivíduo desconhecido apareceu em sua tela "gritando insultos e dizendo o endereço pessoal do professor".

Outra escola do mesmo estado denunciou a aparição súbita de um indivíduo tatuado em suas aulas.

Para evitar esses incidentes, o FBI recomenda ajustar as conferências para se tornarem reuniões privadas, e não compartilhar a tela.

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Consultada, a empresa Zoom, situada no Vale do Silício, afirmou "levar muito a sério a vida privada, a segurança e a confiança dos seus usuários".

"Trabalhamos 24 horas por dia para garantir que os hospitais, universidades, escolas e outras empresas possam estar conectadas e funcionando. Apreciamos o interesse da procuradora-geral de Nova York por essas questões e estamos felizes de lhe entregar as informações requeridas", indicou uma porta-voz.

Segundo Sensor Tower, uma empresa que mede a popularidade dos aplicativos, a quantidade de downloads do Zoom nos Estados Unidos subiu 252% na semana de 16 de março, quando começaram as medidas estritas de confinamento, e aumentaram em 66% na semana seguinte, até alcançar os sete milhões de downloads.

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