Luiz Rangel imprime em suas obras uma profunda preocupação social, seja com o crescimento desenfreado das cidades, como nos quadros de Autos Retratos (2016), sua primeira individual, ou, mais recentemente, com o desmonte das políticas ambientais a nível nacional, que tem afetado a Amazônia. O desmatamento da maior floresta tropical do mundo é tema da exposição Natureza Morta, que ele divulga sábado (5), de forma virtual, pelo Instagram.
As obras foram criadas ao longo dos últimos seis meses e refletem a angústia do artista plástico, que também é arquiteto e urbanista, com a situação do país, que este ano sofreu algumas das piores queimadas da última década, segundo relatórios de instituições ambientais. A ideia inicial era exibir os trabalhos na Casa Criatura, em Olinda, mas, por conta da pandemia, a visitação presencial foi adiada para o próximo ano.
A série é construída a partir da união de várias técnicas, como a pintura em acrílico sobre papel, colagens e impressões digitais e abordam o descaso com o meio ambiente ao retratar cenas como desmatamento, queimadas ilegais, entre outras.
Adaptado às necessidades do momento de distanciamento social, o artista exibirá as dez obras em seu perfil no Instagram (@luizrangel.art). A escolha do dia da abertura é simbólica: amanhã se celebra o Dia da Amazônia, data criada em 2007, marcando o momento em que Dom Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas.
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