CINEMA

Cine PE anuncia data da edição 2020 e formato online

A programação do Novo Cine PE, como está sendo chamado, ocupará o horário nobre do Canal Brasil com os longas-metragens selecionados para a mostra competitiva

João Rêgo
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Publicado em 09/11/2020 às 16:52
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DOCUMENTÁRIO Nós, Que Ficamos representa o cinema pernambucano na mostra competitiva - FOTO: DIVULGAÇÃO
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Mesmo com a reabertura dos cinemas da Região Metropolitana do Recife, o tradicional Cine PE realiza sua 24° edição online. Previsto inicialmente para o mês de maio, o festival acontecerá de 23 a 25 de novembro, sendo transmitido pelo Canal Brasil na televisão e na internet – por meio da plataforma de streaming Canais Globo (antigo Canal Brasil Play) –, além da TV Pernambuco.

A aposta no formato multiplataforma foi a alternativa encontrada para a manutenção (e ampliação) dos moldes tradicionais do Cine PE, que não será realizado no Cinema São Luiz, seu palco durante os últimos anos.

Durante a data do seu acontecimento, a programação do Novo Cine PE, como está sendo chamado, ocupará o horário nobre do Canal Brasil com os longas-metragens selecionados para a mostra competitiva — sendo dois por noite, a partir das 18h, com exibição simultânea no streaming Canais Globo.

Os 31 curtas escolhidos para as mostras competitivas de curtas-metragens Nacional e Pernambuco ficarão disponíveis online (em tempo integral), para assinantes da plataforma Canais Globo, durante os três dias de festival. As mostras competitivas de curtas ainda serão exibidas na TV Pernambuco, com data ainda a ser divulgada.

Dos 941 filmes inscritos para as mostras competitivas, seis longas, sendo três na categoria ficção e três na categoria documentário, estarão juntos na Mostra Competitiva de Longas-Metragens, oito títulos na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Pernambucanos e vinte e três na Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais.

Os seis longas nacionais selecionados para a mostra competitiva foram as ficções O Buscador (RJ), de Bernardo Barreto; Mudança (RS), de Fabiano de Souza; e Mulher Oceano (SP), de Djin Sganzerla; e os documentários Nós, que ficamos (PE), de Eduardo Monteiro; Memórias Afro-Atlânticas (BA), de Gabriela Barreto; e Ioiô de Iaiá (RJ), de Paula Braun.

Já para a Mostra Competitiva de Curtas-Metragens Nacionais foram selecionadas 23 produções do Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Quem selecionou as obras foram os curadores Edu Fernandes, crítico e programador do circuito Cine Materna, e Nayara Reynaud, crítica de cinema, repórter, criadora e editora-chefe do site cultural Nervos (SP). Nesta edição, como resultado, é possível encontrar mais produções pernambucanas, o que inclui um longa-metragem presente na Mostra Competitiva, algo que não acontecia há alguns anos.

O Júri Oficial de cada categoria das mostras competitivas será constituído por cineastas, críticos, pesquisadores e artistas com comprovada experiência, que serão responsáveis por indicar os vencedores para as seguintes categorias do Troféu Calunga: categoria de longa-metragem (Melhor Filme de longa-metragem, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem). O que se estende para a categoria de curta-metragem (Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Trilha Sonora, Melhor Som, Melhor Montagem).

Além das categorias selecionadas pelo Júri Oficial, o público irá selecionar os premiados pelo Júri Popular, por meio do aplicativo oficial do festival, e os críticos da Abraccine também escolherão os melhores filmes nas categorias competitivas das Mostra de Curtas Nacionais e Mostra de Longas Metragens, através do Júri da Crítica.

A tradicional cerimônia de apresentação do Cine PE segue, mas em outro formato. Gravada no Cinema São Luiz, ela será exibida sempre antes dos longas. Quem assume a apresentação do festival pelo segundo ano consecutivo é a atriz pernambucana Nínive Caldas.

Aproveitando a espessura online, o Cine PE também aposta em atividades formativas online. Serão realizados seminários com temáticas girando em torno da interrogativa "Como encarar o desafio de empreender e fazer novos negócios num mundo afetado pela pandemia?". Os encontros virtuais deverão acontecer entre os meses de novembro de 2020 e março de 2021, com divulgação de mais informações em breve.

A Mostra Infantil de Cinema, uma das ações sociais do projeto, só será realizada com o retorno às aulas dos alunos das escolas públicas municipais e estaduais de Pernambuco. Além disso, não haverá artista homenageado neste formato de festival. Para Sandra Bertini, diretora e idealizadora do Cine PE, a homenagem só faz sentido com o calor do público.

“É uma forma do artista chegar perto do fã, trocar energia. Um momento único tanto para o homenageado quanto para o público. Na edição de 2021 retomamos com os Calungas de Ouro”, ela explixa.

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A ideia dos curadores para a edição 2020 foi compor um retrato o mais diverso possível da produção nacional de cinema, com filmes das cinco regiões do país - FOTO:DIVULGAÇÃO

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