LITERATURA

Criança de Pernambuco é selecionada para ilustrar novo livro de J.K. Rowling

A jovem olindense Marina Galdino é uma das 34 crianças brasileiras que integram o livro O Ickabog com desenhos próprios

Valentine Herold
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Valentine Herold
Publicado em 14/11/2020 às 9:00 | Atualizado em 14/11/2020 às 10:03
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DE OLINDA Com incentivo do pai, Marina Galdino, 11 anos, foi a única pernambucana selecionada no concurso da fábula de J.K. Rowling - FOTO: DIVULGAÇÃO

O último mês de maio foi marcado por duas datas importantes para os fãs brasileiros de JK Rowling: a celebração dos 20 anos de lançamento do primeiro livro da saga Harry Potter e o anúncio de um novo livro infanto-juvenil, O Ickabog (Rocco, 288 pgs., R$ 69,90). As expectativas logo foram criadas não apenas pelo fato da obra ter sido publicada de forma online e gratuita como também pelo anúncio de um concurso para que crianças do mundo inteiro ilustrassem o livro.

Cerca de seis meses depois o resultado chegou ao público com o lançamento oficial do livro físico, ocorrido esta semana. A edição brasileira conta com desenhos de 34 crianças de 10 estados e dentre eles se encontra o de Marina Galdino Santana Almeida Lima, olindense de 11 anos e única pernambucana selecionada.

 

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CORNUCÓPIA Epopeia conta a aventura de dois amigos contra um monstro mítico - DIVULGAÇÃO
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Para a edição brasileira do livro O Ickabog (Rocco), de JK Rowling, 34 desenhos foram selecionados de crianças de 10 estados - DIVULGAÇÃO
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Para a edição brasileira do livro O Ickabog (Rocco), de JK Rowling, 34 desenhos foram selecionados de crianças de 10 estados - DIVULGAÇÃO

Foi André Luiz, o pai de Marina, quem ficou sabendo do concurso e incentivou a jovem desenhista a participar. O prazo para entregar as ilustrações já estava quase final, então Marina se apressou em ler os capítulos disponíveis no site do projeto e escolher dois deles para traduzir a partir de seus traços característicos.

"Enviei três desenhos e o que foi escolhido foi o que fiz para o capítulo A Medalha de Bert. Nas regras não tinha nada dizendo sobre características dos desenhos, era bem livre. Então eu fiz meu Bert um menino negro", conta.

O pai, além de ser o grande incentivador e fã de Marina divide também com a filha a paixão pelas artes plásticas. O aumento de tempo livre na quarentena estimulou a dupla a investir de vez na qualificação e juntos eles estão até fazendo aula de técnica de desenho e pintura.

"Dividir esse gosto significou pra gente ainda mais proximidade, carinho e afeto. Ela ama desenhar e eu me inspiro muito nela também, percebo o quanto ela tem amadurecido nessa trajetória. Sempre estamos conversando sobre isso, vendo o trabalho de outros artistas", avalia o pai. "Ela realmente está mergulhada nesse universo, pediu para criar um Instagram, que é o @hellodesenhos, para que usasse como portfólio."

Desde que soube que tinha sido selecionada, Mariana estava ansiosa para poder contar para suas amigas e familiares. Agora, ela aguardada a chegada de seus exemplares autografados e diz que não vê a hora de poder conferir o resultado final, os desenhos das outras crianças e de poder ler a história completa.
Além de O Ickabog, a Rocco está enviando para cada pequeno desenhista dois acervos de de dois acervos de 20 títulos do catálogo da editora, sendo um para criança e o outro para que a mesma possa doar à escola ou biblioteca de sua escolha.

Sobre O Ickabog

O Ickabog é uma fábula ambientada em uma terra imaginária, o reino da Cornucópia, onde um monstro mítico reside. O local já teve seus dias de prosperidade em que o rei e todos os moradores conviviam em paz e com dias de muitas festas. Quando o monstro Ickabog ganha vida, duas crianças - os protagonistas Bert e Daisy - embarcam em uma grande aventura para desvendar a verdade, descobrir onde está o verdadeiro monstro e trazer a esperança e a felicidade de volta para Cornucópia.

A história, no entanto, não é nova para JK Rowling. A ideia deste monstro e da epopeia dos dois amigos nasceu quando ela ainda estava escrevendo Harry Potter e o plano inicial era publicá-la após As Relíquias da Morte, sétimo e último volume da saga.

"No entanto eu queria fazer uma pausa nas publicações, que acabou durando cinco anos. Foi assim que o primeiro rascunho subiu para o sótão, onde permaneceu por quase uma década", contou a autora. "Com o tempo, passei a pensar nele como uma história que pertencia aos meus dois filhos mais novos, porque eu lia para eles à noite, o que sempre foi uma lembrança feliz da família." Mas com o isolamento social e as tristes notícias da pandemia, ela decidiu retomar o projeto e lançá-lo primeiramente de graça em vários idiomas.

 

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