ROMANCE
Novo livro de Tracey Graves retrata romance de jovem com autismo
A obra Sem Lógica Para o Amor, recente livro publicado pela americana Tracey Garvis Graves, pretende mostrar que todos, independentemente da situação psíquica e emocional, são capazes de vivenciar o amor
Annika é uma jovem que tem Transtorno do Espectro Autista e que estudou grande parte de sua vida dentro de casa, com pouca interação social. A primeira paixão da vida dela foi o xadrez, prática que a possibilita conhecer Jonathan, por quem se encanta da mesma maneira.
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Annika, que nunca namorou, pede conselhos a uma colega de quarto para saber como se comportar. Jonathan, um estudante transferido de outra universidade, busca um recomeço após fazer uma série de escolhas erradas das quais se arrepende. Ambos se conhecem durante uma partida de xadrez disputada no clube da Universidade de Illinois em 1991.
Annika, que nunca namorou, pede conselhos a uma colega de quarto para saber como se comportar. Jonathan, um estudante transferido de outra universidade, busca um recomeço após fazer uma série de escolhas erradas das quais se arrepende. Ambos se conhecem durante uma partida de xadrez disputada no clube da Universidade de Illinois em 1991.
A obra Sem Lógica Para o Amor, recente livro publicado pela americana Tracey Garvis Graves, pretende mostrar que todos, independentemente da situação psíquica e emocional, são capazes de vivenciar o amor. "Quando comecei a esboçar e esboçar a história, não percebi que Annika estava no espectro (TEA). Eu só sabia que ela não iria mudar - não porque ela não quisesse - mas porque ela não poderia. Seu cérebro simplesmente não estava conectado dessa forma. E eu pensei que seria maravilhoso se Jonathan entendesse isso e se apaixonasse por Annika de qualquer maneira, porque ele a achava perfeita para ele sem ter que mudar nada", afirma Tracey Garvis Graves, em entrevista ao Estadão.
Tracey Garvis Graves teve outro romance de estreia, On the Island, durante nove semanas na lista de best-sellers do New York Times, tendo sido traduzido para 31 idiomas e adaptado para o cinema pela MGM em parceria com a Temple Hill Productions.
ENTREVISTA
A autora de Sem Lógica Para o Amor concedeu entrevista ao Estadão, por e-mail. Confira:
1 - Como surgiu a ideia de escrever um romance com um dos personagens com autismo?
Quando comecei a esboçar e esboçar a história, não percebi que Annika estava no espectro. Eu só sabia que ela não iria mudar - não porque ela não quisesse - mas porque ela não poderia. Seu cérebro simplesmente não estava conectado dessa forma. E eu pensei que seria maravilhoso se Jonathan entendesse isso e se apaixonasse por Annika de qualquer maneira, porque ele a achava perfeita para ele sem ter que mudar nada.
2 - Annika sempre estudou em casa e teve poucas oportunidades de interação social. Como a paixão chega a ela?
Uma das maneiras pelas quais Annika descobriu suas paixões foi jogando xadrez com o pai. Ela também procurou lugares tranquilos para ler, como sua casa na árvore. Mergulhar em um livro permitiu que ela viajasse para lugares estrangeiros e explorasse mundos diferentes, tudo no conforto de sua casa. Quanto a seus relacionamentos românticos, certamente foram um caso de tentativa e erro. Sua primeira tentativa com Jake não foi bem. Mas felizmente ela tentou novamente com Jonathan e os resultados foram muito melhores.
3 - Você pesquisou como os sentimentos são desenvolvidos em pessoas com autismo? Se sim, o que você descobriu?
Uma das coisas que descobri é que as pessoas desse espectro costumam ter um pequeno círculo de amigos ou familiares em quem confiam e com quem se sentem confortáveis. No caso de Annika, Janice e Jonathan preencheram esses papéis. Quanto ao amor, os sentimentos se desenvolvem da mesma forma que para todos: amor é amor.
4 - Que mensagem você quer passar com o livro?
A maior mensagem do livro é que existe alguém que vai te amar do jeito que você é. Não se comprometa entrando em um relacionamento com alguém que deseja que você mude ou irá negar seu amor porque não gosta de algum aspecto do que o torna quem você é. Isso se aplica a todos - neurodiversos ou neurotípicos. Encontrar alguém que o aceita incondicionalmente é mágico.