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Série 'Zoey e a Sua Fantástica Playlist' acerta o tom no Globoplay

Primeira temporada da dramédia musical estrelada por Jane Levy se mostra uma obra sensível e cativante

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Robson Gomes

Publicado em 16/04/2021 às 20:34 | Atualizado em 16/04/2021 às 21:17
Crítica
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Musical. Só de ler e/ou ouvir essa palavra, muitos saem correndo. Se for uma série, então, sem chance. Mas se gostariam de uma boa exceção, permitam-se assistir Zoey e a Sua Fantástica Playlist, que está em sua segunda temporada nos Estados Unidos e a primeira, com 12 episódios, disponível no Brasil pela plataforma Globoplay.

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Criada por Austin Winsberg, a série conta a história de Zoey Clarke (Jane Levy), uma introvertida e inteligente programadora de computadores que, por acidente, ganha a capacidade involuntária de ouvir os desejos mais íntimos das pessoas através de canções.

A princípio, a produção pode causar um dejá-vù para órfãos da série musical Glee (2009-2015) devido à presença dos ótimos atores coadjuvantes Alex Newell (Mo) - que finalmente brilha em um drama mais sólido que ultrapassa as barreiras da orientação sexual - e Skylar Astin (Max), além de trazer algumas canções já performadas na série de Ryan Murphy como True Colors ou The Boy Is Mine, por exemplo. Mas ela não se reduz a isso.

Zoey e a Sua Fantástica Playlist cativa o espectador por destacar mais do que as canções, e sim o sentimento por trás delas traduzindo a verdade, às vezes oculta, de seus personagens. Além disso, a série, sutilmente, toca em assuntos relevantes como luto, depressão, tolerância, suicídio e auto-aceitação.

As coreografias das performances (com muita influência da dança contemporânea), em muitas ocasiões, chamam atenção por não serem passos certeiros e elaborados, mas sim, uma expressão do corpo a cada frase cantada. Sem falar nos bons arranjos musicais, que sempre trazem algum elemento diferente da canção original posta em cena.

É claro que há um triângulo amoroso de Zoey - uma protagonista extremamente simpática e verossímil - entre Max e Simon (John Clarence Stewart) para movimentar a narrativa. Também um emocionante arco do pai da protagonista, Mitch (Peter Gallagher), que sofre de uma doença degenerativa; além de uma atuação certeira de Lauren Graham (Joan) e sensível como a de Mary Steenburgen vivendo Maggie, a mãe de Zoey. Mas é que tudo isso só agrega ao incrível repertório desta série que, sem dúvida, vale a pena ver e ouvir cada episódio.

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