Reality Show

Um ano após vencer o BBB, Thelma Assis reflete: 'Minha vida mudou muito'

Médica paulista conversou com o Jornal do Commercio sobre sua trajetória no programa e deixa dicas para quem vencer o 'BBB21'

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Cadastrado por

Robson Gomes

Publicado em 03/05/2021 às 21:40 | Atualizado em 03/05/2021 às 22:31
Entrevista
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Enquanto o público decide quem vence o BBB21 nesta terça-feira (4), o Jornal do Commercio conversou com a vencedora da edição anterior: a médica anestesista paulista Thelma Assis, de 36 anos.

Na entrevista exclusiva, Thelminha - como ficou conhecida pelo público - analisou como está a sua vida após um ano do programa, comentou sobre a atual edição, responde se voltaria ao reality show e ainda deixa um recado para quem vencer a atração amanhã. Confira.

ENTREVISTA // THELMA ASSIS

JORNAL DO COMMERCIO - Thelma, 1 ano após sua vitória no BBB20, você imaginou estar onde está hoje?
THELMA ASSIS - Quando entramos em um reality show com a proporção de alcance do Big Brother Brasil, imaginamos que vamos colher alguns frutos sim. Mas, não imaginava que seria da forma como tudo aconteceu. Minha vida mudou muito. Descobri novos talentos, venho conciliando a medicina com a comunicação, me vi em capas de revista, representando tantas marcas que admirava, sendo colaboradora médica do [quadro] Bem Estar, vendo meu canal no YouTube crescer e ter meu próprio programa lá. É muito gratificante ver tudo isso e saber que estou inspirando outras mulheres e meninas negras a conquistarem todos os espaços que elas queiram.

JC - Qual conquista pós-programa você destaca como mais importante na sua vida até o momento e porquê?
THELMA - Eu fiquei muito feliz com cada oportunidade que recebi durante esse 1 ano. Não consigo dizer o que foi mais importante, mas posso destacar a oportunidade de escrever um livro sobre a minha história de vida e de superação na intenção de incentivar outras pessoas na busca e realização dos seus sonhos para lançar ainda esse ano, como algo muito importante e gratificante pra mim.

JC - Olhando com essa distância de 1 ano, hoje você consegue justificar porque venceu o reality?
THELMA - Entrei pela pipoca através do processo seletivo raiz, ao me deparar com o novo formato de jogo não me senti ameaçada pelo número de seguidores das pessoas do Camarote, nunca duvidei do meu potencial em ser vencedora, mesmo com muitas pessoas dentro da casa subestimando isso. Me aliei ao Babu por irmandade e identificação, mesmo com a maior parte do meu grupo indo contra ele. Fui leal as minhas amizades, fui motivo de conflitos no jogo, tive o voto mais difícil da temporada, venci a quarta maior prova de resistência do BBB, fui líder duas vezes, voltei de 4 paredões, tentei jogar com o máximo de coerência além de levar a representatividade por ser mulher, médica, sambista e negra.

JC - O BBB21 também está saindo de cena como um grande sucesso. Sabemos que você também acompanhou. Em comparação à sua edição, o que esta trouxe de mais especial para explicar tamanho êxito?
THELMA - Esta edição reflete ainda mais o que encontramos na nossa sociedade e os preconceitos ainda existentes. A edição desse ano foi muito além da pauta machismo e racismo, também trouxe para o público reflexões sobre xenofobia, bifobia, homofobia, entre outras tantas que ainda estão presentes em nosso dia-a-dia.

JC - Estamos às vésperas de uma grande final no BBB21. Que conselhos você daria a Camilla, Fiuk e Juliette?
THELMA - Eu daria o mesmo conselho a todos: que usem o prêmio com sabedoria e que usem o alcance de voz que essa experiência proporciona para levar mais conhecimento e continuar a luta pelas causas que eles apoiam, para servir de inspiração e influência positiva para os seguidores deles. Essa é uma responsabilidade bem grande e que deve ser usada com muita sabedoria.

JC - A pergunta que não quer calar: Thelma toparia participar de mais uma edição do BBB? O que faria de diferente se fosse possível esta nova chance?
THELMA - Hoje, talvez não participasse mais, pois minha família sofreu muito com a minha participação. Foram três meses longe deles, votações, noites de sono perdidas me acompanhando. Então, por isso pensaria duas vezes, mas também não digo que não participaria novamente, porque foi uma experiência com um saldo bem positivo para minha vida. Se isso acontecesse, não faria nada de diferente. Agi de acordo com a minha essência, me posicionei quando necessário, joguei com coração e raciocínio equilibrados. Tenho muito orgulho da minha trajetória.

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