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Carol Biazin beija Luísa Sonza no videoclipe de 'Tentação': 'Uma mensagem de libertação'

Revelada no 'The Voice Brasil', cantora de 24 anos fala sobre a nova faixa de seu álbum inédito para o JC

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Robson Gomes

Publicado em 12/05/2021 às 19:35
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O novo single da cantora paranaense Carol Biazin em parceria com Luísa Sonza mal chegou às plataformas digitais e já está dando o que falar. Desde a última quinta-feira (6), Tentação já alcançou mais de 3 milhões de visualizações somente do videoclipe no YouTube. Um dos motivos para tanto furor é o clima intenso e romântico que cresce a cada cena do filme musical, chegando ao clímax de um beijo libertador entre as cantoras.

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Em entrevista ao Jornal do Commercio, Carol Biazin falou das reais intenções com este novo single. "Como diz o Gil [do Vigor, do BBB21], é cachorrada, né?! (risos) Eu vejo como cachorrada... Mas se as pessoas quiserem pegar uma mensagem maior, acho que tem muito dessa coisa de relacionamento entre duas mulheres. Eu quero representar que você pode se apaixonar por quem você quiser, pode beijar quem você quiser. Então vamos levar como uma mensagem de libertação... Mas é cachorrada, gente! Quem se identificar, tá ótimo!", disse aos risos.

A jovem artista de 24 anos também comentou o que ela admira em Luísa Sonza, com quem divide as vozes em Tentação: "Depois que conheci a Luísa mais de perto eu pude entender ainda mais o porquê de onde ela está onde está hoje. Eu me inspirei muito nela não só profissionalmente - que respinga em todo mundo que está fazendo pop atualmente [...]. Me inspira muito o fato dela ser tão confiante, ter criado essa confiança, essa casca, que realmente ela precisa ter para passar por tudo o que ela passa, por todas as críticas que ela tem", analisa.

A faixa escolhida para cantar com Sonza é a única 100% autoral de Biazin no álbum Beijo de Judas. A artista relembrou o percurso da música. "Quando comecei a escrever Tentação - eu sempre começo meio despretensiosamente as minhas músicas - e conforme ela foi tomando um rumo ali, eu falei: 'Cara, isso aqui é Luísa Sonza e Carol Biazin, vamos fazer'! E eu mandei para ela com muito medo dela odiar e falar que não gostou, mas ela amou! Foi muito tranquilo, muito fluido todo o processo. Não houve 'empatação' de ninguém, de lado nenhum, por isso eu digo que ela foi muito parceira", declarou.

BEIJO DE JUDAS E THE VOICE

A cantora também explicou o conceito por trás de seu novo álbum, que se encaminha para o lançamento da última faixa no mês de junho, intitulada Raio X, totalizando 10 canções. "Em Beijo de Judas eu falo muito sobre pessoas querendo me colocar num padrão, numa caixa, que para dar certo eu preciso fazer isso ou aquilo... E o álbum mostra tanta diversidade! Tem música para você ficar muito feliz, para ficar triste, para fazer 'coisinhas' como Tentação, por exemplo... E eu quis, exatamente, passar essa ideia de que nenhum artista tem que ser obrigado a fazer um padrão, seguir uma coisa... Acho que dentro de um trabalho você pode ser, sim, ser flexível, misturar outras coisas. Acho que o feat está aí para isso também, sabe?", ressalta.

Revelada na sexta temporada do The Voice Brasil (2017), onde foi finalista pelo time Ivete Sangalo, Carol Biazin não esconde a importância do reality para a carreira, mas pondera os caminhos que tomou após o programa: "O programa foi tanto positivo, mas também teve suas partes negativas. Uma delas foi o baque de quando o reality acabou. O que eu vou fazer? Antes eu estava na Globo, aparecendo toda a quinta-feira à noite. E agora: o que vai acontecer comigo? As pessoas vão perder o interesse? E aí você entra naquela crise. Foi o momento de me questionar, saber para onde eu ia, tomar decisões muito difíceis, vim para São Paulo... Acho que foi uma vitrine gigantesca! [...] Mas eu, realmente, levei uns tapas na cara, do tipo: 'Olha, você não é a última bolacha do pacote. Você não é tão especial assim. Você vai ter que ralar muito!'. Então foi muito bom também".

Hoje com total propriedade sobre sua trajetória e disposta a seguir quebrando barreiras musicais e preconceitos, o que Carol Biazin quer, de verdade, é ter um público tenha afinidade com o seu som. "O maior poder que a arte tem é essa coisa da identificação e você se sentir representado por um artista. [...] E eu quero que, além da música, as pessoas se identifiquem comigo", conclui a artista.

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