COVID-19

Flaviola, líder da cena psicodélica do Recife nos anos 1970, morre de covid-19 aos 68 anos

Parceiro de Zé Ramalho em diversas músicas, o artista sempre foi cultuado pelo álbum Flaviola e o Bando do Sol, lançado em 1976 pelo selo recifense Solar

Imagem do autor
Cadastrado por

JC

Publicado em 13/06/2021 às 17:19 | Atualizado em 13/06/2021 às 17:19
Notícia
X

Faleceu neste sábado (12/6) Flávio Tadeu Rangel Lira, líder da cena psicodélica do Recife nos anos 1970. Tinha 68 anos e morreu de covid-19, engrossando o número de vítimas brasileiras da doença. Como líder do Bando do Sol, Flávio – ou melhor, Flaviola, como o artista se apresentava desde 1972 – foi um astro que, dentro de universo musical particular, ajudou a iluminar a cena psicodélica que se ergueu no mar da capital pernambucana naquela época.

Parceiro de Zé Ramalho em músicas como Martelo dos 30 anos (1985), Quasar do sertão (1986) e Décimas de um cantador (1987), o artista sempre foi cultuado pelo álbum Flaviola e o Bando do Sol, lançado em 1976 pelo selo recifense Solar.

Flávio entrou em cena em 1972, na flor dos 20 anos, no Recife. Contudo, nem toda a arte de Flaviola gravitou em torno da capital pernambucana. O artista viveu anos no Rio de Janeiro (RJ), cidade onde criou a trilha sonora de musicais de teatro e onde dirigiu shows de cantores como Elza Soares.

Foi no teatro, aliás, que Flaviola surgiu pela primeira vez em cena e moldou o caráter performático. De lá, partiu para a música, sempre entrelaçada com poesia. Foi a partir de versos do espanhol Federico García Lorca (1898 – 1936), que Flaviola compôs Romance da lua lua, música que ganharia projeção nacional, cinco anos mais tarde, na gravação de Amelinha que batizou álbum lançado em 1981 pela cantora cearense.

Tags

Autor