Seu Jorge e Mel Lisboa estrelam audiossérie 'Paciente 63' no Spotify
Com dez episódios, ficção científica protagonizada pelos artistas estreia na próxima quinta-feira (22), na plataforma de áudio
A partir da próxima quinta-feira (22), no Spotify, o público será convidado a embarcar para os anos de 2022 e 2062. É que neste dia chega, na plataforma de streaming, a audiossérie original Paciente 63. A história, escrita por Julio Rojas, estreia uma versão brasileira nas vozes de Mel Lisboa e Seu Jorge.
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Apresentada em dez episódios, a ficção científica traz Mel Lisboa como Elisa Amaral, uma psiquiatra que grava as sessões do enigmático Pedro Roiter — o "paciente 63" — vivido por Seu Jorge, que diz ser um viajante no tempo. O que começa como sessões terapêuticas de rotina se transforma rapidamente em um relato que ameaça as fronteiras do possível e do real. Uma história que transita entre o futuro e o passado de dois personagens que podem ter nas mãos o futuro da humanidade.
O Jornal do Commercio teve acesso aos cinco primeiros episódios, que tem até 15 minutos, aproximadamente, e conversou com os artistas sobre esta experiência de contar uma história através de apenas áudio.
"Paciente 63 é a primeira oportunidade que eu tenho de fazer uma audiossérie. Quando tive contato com o material, com o texto, me lancei ao desafio de dar vida a esse personagem só com a voz, eu sabia do desafio que era. Por mais que o estúdio seja um lugar bastante conhecido meu, um ambiente que eu domino, nessas condições e pelas circunstâncias que a gente vive, foi um aprendizado novo", declara o cantor Seu Jorge.
Considerada uma atriz experiente aos 39 anos, interpretar uma psiquiatra numa audiossérie também foi uma experiência inédita para Mel Lisboa. "Essa é uma série em que eu tive que fazer umas pesquisas e entender, por exemplo, o fenômeno Garnier Malet. Pesquisei para entender quem foi Jean Pierre Garnier Malet, que teoria é essa que ele fala, os outros fatos que ele traz que são baseados em teorias científicas ou mesmo coisas específicas sobre psiquiatria que eu olhei para entender um pouco melhor isso", relatou a artista.
Considerado um formato ainda em ascensão no Brasil, para Seu Jorge, Paciente 63 pode fazer o público se interessar mais no universo das audiosséries: "A audiossérie tem uma vantagem por conta da pós produção. Hoje você pode ter produções incríveis em audiossérie; você tem a produção em si e a pós produção, em que você incrementa o ambiente e as novas tecnologias que devam surgir, como o som imersivo. Isso tem tudo para ganhar força, virar mania e grandes histórias serem contadas por meio das áudiosséries. É muito legal estarmos neste lugar de ver isso nascer no Brasil. Vamos ver como o público percebe os dois personagens e essa história que é muito interessante".
Mel Lisboa deu detalhes sobre o processo de gravação dos episódios. "A gente recebeu os textos e sabia que ia ser um processo apenas de voz, e é um trabalho muito técnico. Nos encontramos e lemos o texto, mas gravamos em salas diferentes. Então, você fica diante de um microfone com fone de ouvido... Tem um processo no teatro e no audiovisual que você passa, você coloca o figurino, você se caracteriza. Agora você chega no estúdio para gravar, então, você precisa ser bastante técnico para passar o que você precisa apenas com a voz sem nenhum outro artifício. É muito desafiador, porém altamente enriquecedor", narrou a atriz.
ENREDO
Ao ouvir os primeiros episódios, Paciente 63 se mostra uma história bastante instigante. A conversa entre a psiquiatra e o paciente, onde falam sobre o presente e o futuro, diante de um personagem misterioso que volta para tentar "salvar o mundo" antes do final dele, pode prender o ouvinte a cada episódio. A história cita, inclusive, a atual pandemia que vivemos e, no enredo, uma "grande pandemia" que exterminará a humanidade em breve.
"A áudiossérie é um tipo de conteúdo de áudio muito interessante para quem faz e para quem ouve. É instigante e faz com que as pessoas possam exercitar a imaginação delas. Eu espero que Paciente 63 faça com que as pessoas tenham vontade de produzir novos conteúdos nesse formato", anseia Mel Lisboa.
Seu Jorge também ficou instigado após viver o Pedro Roiter. "Em 2062, acho que não estarei mais aqui, estou com 51 anos hoje. Mas estou muito curioso para 2062 agora, depois que fiz Paciente 63", confessa o cantor.