Dia do Sorvete: veja quem criou, quem trouxe para o Brasil e como a sobremesa era feita antigamente
O sorvete está presente em várias receitas que, ao longo do tempo, se popularizaram
Seja para se refrescar do calor ou até para consumir no inverno, o sorvete é uma das sobremesas preferidas dos brasileiros. Com ou sem o acompanhamento da calda, na casquinha ou com combinações inusitadas, o amor pela sobremesa é tão grande que tem até uma data especial: o Dia do Sorvete é comemorado nesta terça-feira (23).
O sorvete também está entre os ingredientes de várias receitas que, ao longo do tempo, se popularizaram. Presente no milk-shake, banana split e petit gâteau, o sorvete harmoniza com outras sobremesas que agradam a vários paladares.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvetes (Abis), em 2019 o mercado brasileiro de consumo de sorvete só ficou atrás de Estados Unidos, China, Rússia, Japão e Alemanha. Porém, com a chegada da pandemia do coronavírus, o mercado foi afetado e os estabelecimentos tiveram quase 95% de queda em suas vendas, o que fez muitas sorveterias fecharem ou reduzirem o quadro de seus funcionários.
Confira algumas curiosidades sobre o sorvete:
Quem criou o Dia do Sorvete?
O Dia do Sorvete foi criado pela Associação Brasileira das Indústrias e do Setor de Sorvete (ABIS) em 2002. A data foi escolhida por ser um dia após o início da primavera (22 de setembro). A estação anuncia a temporada de temperaturas mais altas no Brasil, quando as vendas de sorvete aumentam.
Qual é a origem do Sorvete?
O sorvete teve origem na China, quando há quatro mil anos, a mistura de leite e arroz formou uma sobremesa parecida com um granizado, o que hoje conhecemos como raspadinha ou raspa-raspa. Pelas mãos do explorador Marco Polo, no século XIII, a receita navegou os oceanos e chegou à Itália. O explorador resolveu disseminar a receita, que ficou restrita aos italianos até aproximadamente o século XVI.
Outra versão da história diz que em 618 d.C - 697 d.C, o imperador chinês King Tang misturava leite com água do rio para criar o sorvete.
A partir da chegada na Europa, a esposa do rei Henrique II, Catarina de Médici, rainha consorte da França, resolveu importar a receita, inserindo a sobremesa no cardápio da corte francesa.
No início, só os mais nobres consumiam o doce, porque o leite era uma mercadoria cara, sendo necessário ter câmaras frigoríficas subterrâneas para a conservação do produto até o verão.
Também há registros que dizem que o imperador romano Nero (37 d.C - 68 d.C) mandava os seus empregados trazerem neve e gelo das montanhas, para poder misturar com outros ingredientes, como frutas.
Quem trouxe o sorvete para o Brasil?
Em 1834, o navio americano Madagascar saiu de Boston e chegou ao Rio de Janeiro, e trouxe uma carga de 200 toneladas de gelo em blocos. O estoque durou cinco meses e foi conservado com serragem em depósitos subterrâneos, que evitavam que o gelo se transformasse em água. Mas apenas 40 anos depois seriam inauguradas as primeiras sorveterias em São Paulo.
Sem geladeiras ou freezers, as 'sorveterias' da época avisavam a hora em que as massas geladas iriam sair. A procura pelo sorvete era tão grande que várias filas se formavam ao lado de fora dos estabelecimentos.
Como o sorvete era feito antigamente?
Antigamente, o sorvete era fabricado artesanalmente em um tipo de molde, com duas taças de prata: em um era colocada a neve (ou gelo triturado); na outra, a fruta cozida que dava o sabor para a mistura.
Logo no início da sua fabricação, o sorvete era mais parecido com a atual raspadinha, não levava leite e era geralmente feito com neve, suco de frutas e mel.