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Destaque no filme, carro usado no crime do Caso Richthofen foi vendido quatro anos depois

Um Volkswagen Gol dourado chamou atenção do público nos dois longas estrelados por Carla Diaz

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Robson Gomes

Publicado em 30/09/2021 às 17:22
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Na onda da repercussão dos filmes que abordam o Caso Richthofen, em cartaz na Amazon Prime - A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais - um objeto chamou atenção do público mais aficcionado por carros: um Volkswagen Gol dourado usado no crime.

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Foi um carro idêntico a este que Suzane von Richthofen, então estudante de Direito, levou Daniel Cravinhos, seu namorado na época, e o cunhado Cristian Cravinhos para a mansão da sua família no Brooklin, bairro da Zona Sul da capital paulista. Segundo reportagem de Alessandro Reis no portal UOL, Suzane ganhou o Gol Highway 2002 zero-quilômetro dos pais, Manfred e Marísia, meses antes, como presente pela sua aprovação no vestibular.

O automóvel, inclusive, virou evidência do crime. Em fotos, o mesmo Volkswagen é usado na reconstituição do assassinato, com as participações dos três envolvidos. Na descrição da reconstituição que faz parte do processo, Suzane, ao dar sua versão para os fatos, diz, ao se deparar com o veículo na garagem da residência: "Olha, é meu carro mesmo!".

De acordo com o jornalista Ullisses Campbell - autor do livro Suzane - Assassina e Manipuladora (Matrix, 2020) -, que falou com a reportagem do UOL Carros, com base nas respectivas apurações, o Gol de Suzane estava registrado em nome do pai dela quando os assassinatos aconteceram. Isso a impediu de vender o carro, único bem ao qual em tese teria acesso, após ser presa.

"Esse Gol ficou cerca de quatro anos parado na garagem, juntamente com a Chevrolet Blazer verde-escura 1997 de Marísia, sob a guarda de um tio paterno de Suzane, que ficou encarregado do patrimônio da família. O VW só foi vendido em 2006", esclareceu Campbell.

DIÁLOGO FICCIONAL

Campbell acrescentou que um diálogo entre pai e filha sobre o veículo, que aparece em um dos filmes, é totalmente ficcional. De acordo com o jornalista, diferentemente do que sugere o longa, Manfred não disse que a filha ganharia um carro melhor, equipado com ar-condicionado, caso fosse aprovada na seleção para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da USP - Suzane passou no mesmo curso, só que na PUC-SP.

O jornalista acrescenta que ela usava o carro com bastante frequência, inclusive para levar para o colégio e depois para buscar Andreas, seu irmão mais novo - sem contar os encontros com o namorado, Daniel. E fotos do carro tiradas pela polícia após os assassinatos mostram mais de 12 mil km rodados no hodômetro.

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