Deborah Colker traz ao Recife o espetáculo 'Cura', fruto de sua angústia com a doença incurável do neto
Trilha foi composta por Carlinhos Brown
A Cia Deborah Colker voltará ao Teatro Guararapes, nos dias 20 e 21 de novembro, com o espetáculo "Cura". Ele é inspirado em uma angústia pessoal de Deborah Colker, na busca de uma solução para a epidermólise bolhosa, doença genética incurável do seu neto Théo. A dramaturgia fica por conta do rabino Nilton Bonder e a trilha é composta por Carlinhos Brown.
A coreógrafa encontrou o conceito da obra em 2018, um ano após a morte de Stephen Hawking, um dos cientistas mais importantes do mundo. O físico viveu até os 76 anos, embora convivesse com a ELA (Esclerose lateral amiotrófica), fazendo história na física.
"Quando foi diagnosticado, os médicos deram a Hawking três anos de vida. Ele viveu mais 50, criativos e iluminados. Entendi o que é a cura do que não tem cura", afirma Deborah Colker no material de divulgação.
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O espetáculo tinha previsão para estrear em Londres, no ano passado, mas teve os planos interrompidos. "A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina."
As apresentações no Teatro Guararapes serão, dia 20 de novembro, às 21h, e 21 de novembro, às 20h. Os ingressos custam R$ 160 (inteira) ou R$ 80 (meia), mas há um lote promocional, limitado a 10% da capacidade), por R$ 50 ou R$ 25 (meia). Estão à venda na bilheteria do teatro e também pela plataforma Sympla.
Estreia no Globoplay
Com a impossibilidade do palco, "Crua" estreou na plataforma Globoplay no dia 25 de setembro. Antes da estreia, ela concedeu uma entrevista ao JC, refletindo sobre o trabalho no streaming. "Passamos um ano quebrados porque não tínhamos espetáculo, um público. Fiquei na fronteira de quebrar: duas escolas, uma companhia grande, uma mudança grande de sistema de trabalhar e de País", refletiu. "A possibilidade dessa estreia ao vivo no streaming, a democratização da arte, da dança, da cultura, nesse momento tão difícil em que a arte está ajuda muito... fiquei muito feliz."
O espetáculo transmitido na plataforma foi transmitido ao vivo da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Ele contou com direção artística de LP Simonetti, direção geral de Angélica Campos e direção de gênero de Boninho.