Cia. de Dança Deborah Colker traz "Cura" a Pernambuco. Saiba detalhes
Espetáculo dedicado ao neto da coreógrafa acontece nos dias 20 e 21 de novembro
Mais um evento confirmado! Nos dias 20 e 21 de novembro, a ousadia e complexidade dos movimentos da Cia. de Dança Deborah Colker ocupa o palco do Teatro Guararapes.
Com dramaturgia do rabino Nilton Bonder e trilha original de Carlinhos Brown, a montagem do espetáculo Cura é fruto de uma angústia pessoal de Deborah Colker, da busca de uma solução para a 'epidermólise bolhosa', doença genética incurável que seu neto Théo tem.
Com estreia nacional no Globoplay, Cura segue em turnê pelo Brasil. Em Recife, a apresentação é a partir das 21h e no dia 21, a partir das 20h. Os ingressos custam: inteira R$160, meia R$80, promocional inteira R$50 (vendas limitadas à 10% da capacidade) e promocional meia 25 (vendas limitadas à 10% da capacidade). As vendas se iniciam a partir do dia 25 de outubro na Bilheteria do Teatro Guararapes e através do Sympla.
Conceito
Cura vai muito além do aspecto biográfico, trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar nossos limites, do enfrentamento da discriminação e do preconceito.
Com mergulhos nos elementos das culturas africanas, indígenas e orientais e viagens pelo Brasil e pela África, o processo de construção trouxe além de uma rica cenografia, elementos novos, como o canto.
A coreógrafa concebeu o projeto em 2017, mas foi no ano seguinte, com a morte de Stephen Hawking, que encontrou o conceito. Embora acometido por uma doença degenerativa, a ELA (Esclerose lateral amiotrófica), o cientista britânico viveu até os 76 anos e se tornou um dos nomes mais importantes da história da física.
Deborah percebeu então que há outras formas de cura além das que a medicina possibilita. "Quando foi diagnosticado, os médicos deram a Hawking três anos de vida. Ele viveu mais 50, criativos e iluminados. Entendi o que é a cura do que não tem cura", conta a coreógrafa.
Adiamento
A estreia aconteceria em Londres em 2020, mas a pandemia não permitiu. O adiamento deu ao espetáculo mais um ano de pesquisas, transformações e reflexões. "A pandemia me fez ter certeza de que não era apenas da doença física que eu queria falar. A cura que eu quero não se dá com vacina", afirma Deborah Colker.
Há dores mostradas no palco, mas há esperança no final. Deborah diz que procurou preservar a alegria necessária à vida. Um ingrediente para isso foi a semana que passou em Moçambique durante a preparação, quando conheceu pessoas que não perdiam a vontade de viver, apesar das muitas dificuldades. "Fui procurar a cura e encontrei a alegria", reflete ela.