MÚSICA

Johnny Hooker vive garoto de programa apaixonado em novo clipe. Assista

"Amante de Aluguel" é single do próximo álbum do cantor, inspirado no livro "Orgia - Os Diários de Tulio Carella"

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Emannuel Bento

Publicado em 22/10/2021 às 16:21 | Atualizado em 22/10/2021 às 16:33
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O cantor recifense Johnny Hooker lançou o clipe de "Amante de Aluguel", single de seu próximo álbum de estúdio, nesta quinta-feira (21). O novo disco terá inspiração no livro "Orgia - Os Diários de Tulio Carella", que documentou a vivência de um homossexual no Recife dos anos 1960. Já antecipando esse universo, o clipe traz Johnny vivendo um garoto de programa não-binário que se relaciona secretamente com um rapaz. Não assumido, o parceiro precisa esconder o seu desejo e manter as aparência entre os amigos. A produção é da Lagon Films.

Já na faixa, Johnny traz uma sonoridade mais pop, ainda bebendo de gêneros tradicionais como o brega e o forró, tendo ainda um refrão com apelo popular. A temática, como em seus outros trabalhos, aborda uma decepção amorosa. Essa faceta pop de Johnny é reiterada no clipe, em que ele volta a usar seus trajes excêntricos e até faz coreografias voltadas para o Tik Tok. Ele também dança num "pole dance" - com longas madeixas negras, lembra do hit "Gimme More", de Britney Spears.

O álbum mais recente de Hooker foi "Coração" (2017), que chegou dois anos após a elogiada estreia com "Eu vou fazer uma macumba pra te amarrar, maldito!" (2015). Conhecido por levantar bandeiras do movimento LGBTQIA+, ele relançou o single "Flutua", originalmente gravado com Liniker, com Pabllo Vittar e Majur para o especial "Falas de Orgulho", da Globo.

"Orgia - Os Diários de Tulio Carella", que inspirou o próximo álbum, é composto por relatos do dramaturgo argentino Tulio Carella, que desembarca na capital pernambucana e encontra uma cidade completamente polarizada e tomada por movimentos políticos de esquerda. Prestes a assumir uma cadeira no curso de teatro da Universidade de Recife, o escritor decide mergulhar no centro histórico e a narrar a liberdade sexual que pulsava naquele momento da sociedade brasileira como um todo.

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