HUMOR

Personagem do Porta dos Fundos nos Vingadores? Entenda como o policial Peçanha quase virou herói da Marvel

Durante entrevista ao Flow Podcast, um dos programas mais ouvidos do gênero no Brasil, o ator Antonio Tabet explicou a história

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Marcelo Aprígio

Publicado em 03/11/2021 às 8:52 | Atualizado em 03/11/2021 às 9:11
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O roteirista e ator Antonio Tabet afirmou que seu personagem mais famoso, o truculento e corrupto policial Peçanha, por pouco não virou integrante dos Vingadores, grupo que reúne os principais super-heróis das histórias em quadrinhos da Marvel.

A afirmação foi feita durante uma entrevista do humorista ao Flow Podcast, um dos programas mais ouvidos do gênero no Brasil, em outubro. Na conversa, Tabet relembra esquetes que gravou para o canal Porta dos Fundos e as parcerias com anunciantes, como a rede de restaurantes Spoleto, nascidas por causa dos vídeos.

“Eu nunca imaginei que a Coca-Cola, o Facebook, a Disney e a Marvel procurassem o Porta [dos Fundos]. Mas procuraram e procuram até hoje para fazer publicidade. Isso me deixa muito feliz. Sou muito fã da Marvel”, diz Tabet na entrevista.

“Nós quase fizemos um vídeo com o Samuel L. Jackson para o Porta, no qual ele viveria o Nick Fury, e a Brie Larson, a Capitã Marvel, para contratarem o Peçanha para os Vingadores. Isso seria épico, mas houve um conflito de agenda”, completa ele.

Quem é Peçanha?

Peçanha é um policial militar interpretado por Tabet no Porta dos Fundos. Fanfarrão, o “sargento-tenente-major” é conhecido por ser nada ético e uma versão estereotipada dos militares cariocas, o que, ironicamente, lhe rendeu uma legião de fãs.

O sucesso do “anti-herói” rendeu ao personagem um filme para chamar de seu, no qual Peçanha enfrenta seu maior desafio: capturar o novo serial killer de Nova Iguaçu (RJ), o Animal. Para isso, ele contará com a ajuda de seu fiel escudeiro, o soldado Mesquita (Pedro Benevides).

Nas palavras de Antonio Tabet, o personagem ‘representa o pior do melhor brasileiro’. Por isso, na avaliação do humorista, Peçanha “acaba agradando a todo mundo”.

“O Peçanha é muito curioso, porque ele representa o pior do melhor brasileiro. Ele é um cara péssimo, mas que tenta melhorar de uma maneira completamente torta. Por isso ele é tão querido por todas as pessoas deste Brasil polarizado em que a gente vive hoje”, opina Tabet sobre o personagem.

“Quem entende que milícia é um negócio péssimo; ser racista, machista e homofóbico em 2021 não está com nada, enxerga no Peçanha uma crítica. E ele é uma crítica. As pessoas que acham que isso é mimimi, frescura, se identificam com esse personagem que é tosco, mas, no fundo, sabe que precisa melhorar. Então ele acaba agradando a todo mundo”, avalia o ator.

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