MÚSICA

Luiz Lins retorna aos shows no Coquetel Molotov, e promete saída de álbum

Em entrevista ao JC, Luiz declarou que está com saudade de se reencontrar com o público após o período de isolamento

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Bruno Vinicius

Publicado em 13/11/2021 às 8:00
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Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, é um caldeirão cultural que vive em efervescência. Múltiplas influências na dança, na música e no artesanato fazem da cidade um dos polos culturais no Estado. Desse caldeirão saiu Luiz Lins, de 26 anos, um dos jovens promissores da música pernambucana, que vai facilmente do rap ao brega - com identidade musical quase única.

Sem shows presenciais desde o início da pandemia, o cantor retorna aos palcos neste domingo (14) como uma das atrações do Festival No Ar Coquetel Molotov, no Teatro Guararapes. Luiz ocupará o mesmo espaço que Marina Sena, Romero Ferro e a banda Mulungu.

Em entrevista ao JC, Luiz declarou que está com saudade de se reencontrar com o público após o período de isolamento. "Estou muito feliz com a volta dos shows e com saudade de encontrar o público. Durante a pandemia pude experimentar outros ritmos e sonoridades que sempre gostei. Agora eu estou mais a vontade, tenho me encontrado comigo mesmo e isso vai refletir no palco, o público pode esperar várias novidades", disse o artista.

Para esse retorno, Luiz Lins volta com um repertório maior e mais experimental do que quando foi apresentado ao público, em 2016, com a música "Enquanto a Noite Cai". Pelo selo independente PE Squad, comandado por Mazili, já lançou dois singles neste ano. Tem a canção solo "Sem Você" e o brega-dueto com Bella Kahun, com quem faz parceria na produtora, em "Dois Lados". Esta segunda música, inclusive, releva uma veia que o cantor está disposto a explorar.

"O brega sempre teve presente na minha vida e agora isso está mais presente no meu trabalho, com o tempo vai saindo um pouco das experimentações que tenho feito no estúdio e em casa. No meu disco novo tem um brega que gosto muito chamado “Diz Alguma Coisa” e está perto de sair", conta Luiz, prometendo a saída do seu aguardado disco de estúdio.

Ele explica que os últimos dois anos foram proveitosos para produzir música em casa e, prometeu também, que há muitas produções a serem lançadas. "Passei dois anos em casa apenas estudando e produzindo, agora estou com muita música pra lançar. Meu disco também está pra sair, então meus planos são lançar o Plástico e levar esse show pra o máximo de lugares. Finalmente minha equipe está toda vacinada, então em breve a gente está abrindo a agenda de shows oficialmente", reitera.

Interpretado por Ludmilla e Glória Groove

Por si só, Luiz Lins já tem uma projeção nacional. Considerados um dos grandes nomes tanto no rap quanto no R&b brasileiro, seu repertório tem sido interpretado por outros artistas nacionais. Entretanto, neste ano teve uma surpresa: em um encontro de duas das vozes mais ouvidas no País, Ludmilla e Glória Groove incluíram "A Música Mais Triste do Ano", maior sucesso do pernambuco, no medley "Lud Sessions", com "Modo Avião / A Tua Voz / 700 Por Hora / Radar / A Música Mais Triste do Ano”.

O vídeo oficial já possui mais de 30 milhões de visualizações no YouTube e foi elogiado até por Caetano Veloso. "Vendo, a gente não sabe quem canta melhor. Cada hora uma é melhor do que a outra. E a banda! Vendo esse esplendor de talento, a gente fica certo de que o Brasil vai vencer a pequenez em que se encontra. Viva Lud!", comentou o baiano em suas redes sociais.

Sobre a interpretação, Luiz Lins declara que ficou feliz com o cover das artistas. "Tanto Ludmilla quanto Glória Groove são artistas que admiro e tem grande representatividade, ter uma música regravada por elas é uma grande realização. Elas entraram em contato com a produção pra solicitar a liberação e gravaram, foi tudo bem rápido, em uma semana estava pronto", diz ele.

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