MÚSICA

Ney Latorraca relembra 'O Cravo e a Rosa', que volta ao ar: 'Trabalho completamente diferente dos outros que fiz'

Novela de Walcyr Carrasco voltará ao ar na próxima segunda-feira (6), no novo horário de reprises da Globo

Imagem do autor
Cadastrado por

Emannuel Bento

Publicado em 01/12/2021 às 19:39 | Atualizado em 01/12/2021 às 19:50
Notícia
X

De volta ao ar a partir da próxima segunda-feira (6) no novo horário de reprises da Globo, após o Jornal Hoje, "O Cravo e a Rosa – Edição Especia", de Walcyr Carrasco, contou com muitos violões e personagens marcantes. Em entrevista à Comunicação da Globo, Ney Latorraca, que viveu Cornélio, revelou que atuar no folhetim foi muito especial por ter vivido um personagem com características bastante distintas dos anteriores.

"O Cornélio entrou para a minha história. Anteriormente na TV, eu tinha feito o Silas na novela 'Zazá', que era um vilão, e depois eu voltei para fazer um papel completamente diferente, tendo que me apagar. O Cornélio não tem nenhuma exuberância, é um homem dominado pela sogra e pela mulher. O nome é maravilhoso: Cornélio já traz o estigma do personagem", relembra, aos risos.

Em entrevista, Latorraca conta um pouco mais sobre o trabalho e os bastidores das gravações. O Cravo e a Rosa ainda coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho.

Entrevista Com Ney Latorraca

O que achou da escolha de 'O Cravo e a Rosa' para inaugurar o novo horário de novelas?
Eu fiquei muito feliz e surpreso com a escolha. É uma escolha muito acertada. A novela tem várias qualidades, uma história do Walcyr Carrasco baseada em Shakespeare, com direção de Walter Avancini, um elenco maravilhoso. Todos os atores estavam muito bem. A escolha do elenco foi incrível, além da direção de arte, figurino e das músicas da época de muito bom gosto.

Na sua opinião, quais fatores fazem a novela ser sucesso sem todas as exibições?
Quando um produto é bem-feito, de extremo bom gosto como essa novela, mesmo já tendo se passado 20 anos, o público adora rever, adora desde a abertura em preto e branco, como se fosse filme antigo, até o tratamento da história, que é plena e universal. Walcyr Carrasco, que é um mestre, transportou ‘A Megera Domada’ para os anos 20 , uma época genial esteticamente. Além disso, é uma trama que faz bem porque você descansa, relaxa e se diverte assistindo às cenas.

Qual a importância desse trabalho em sua carreira? Considera o Cornélio um de seus papéis mais marcantes?
O Cornélio entrou para a minha história. É um trabalho completamente diferente dos outros que fiz. Anteriormente na TV, eu tinha feito o Silas na novela 'Zazá', que era um vilão, e depois eu volto para fazer um papel completamente diferente, tendo que me apagar. O Cornélio não tem nenhuma exuberância, é um homem dominado pela sogra e pela mulher. O nome é maravilhoso: Cornélio já traz o estigma do personagem (risos).

Como foi a parceria com o elenco, especialmente a Maria Padilha, com quem você mais contracenava?
A minha relação com o elenco era incrível porque o Walter Avancini escolheu muitos atores de teatro. Ele foi sábio em colocar atores que vieram do teatro em todos os núcleos. É muito bom trabalhar com uma pessoa que você gosta, que você é fã. Eu amo a Maria Padilha, ela é minha amiga há muitos anos, foi um prato cheio trabalhar com ela nessa novela.

Teve alguma cena do Cornélio que ficou mais marcada na memória?
A cena mais impactante, bonita e triste para mim, é quando o Cornélio descobre a traição. Eu revi essa cena outro dia e achei muito bem-feita e muito bem redigida.

Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
Eu tenho várias lembranças dessa novela, só lembranças positivas. A gente tinha uma dinâmica de grupo muito boa, gravávamos as cenas com rapidez. Essa energia do trabalho acabou passando para o público, porque tem isso, o público percebe essa temperatura.

Você pretende assistir novamente à trama? É muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
Eu vou assistir à novela todinha de novo, sou fã. Vai ser uma delícia rever a Adriana Esteves, Eduardo Moscovis, Luís Melo, Drica Moraes...tanta gente talentosa. Estarei assistindo e torcendo pelo sucesso. Eu sou muito crítico, assisto pensando: “Se eu pudesse fazer de novo, faria diferente”, mas é assim mesmo. Me sinto feliz por ter trabalhado em uma novela que entrou para a história da TV brasileira.

Tags

Autor