MÚSICA

Silvério Pessoa estreia novo disco em show no Teatro do Parque: 'As pessoas vão ver um outro Silvério'

Em "Sangue de Amor", a verve da cultura popular do cantor se funde com pop-rock, psicodelia setentista e MPB

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Emannuel Bento

Publicado em 11/05/2022 às 15:25 | Atualizado em 12/05/2022 às 9:06
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Em abril, o pernambucano Silvério Pessoa quebrou um hiato de seis anos com o lançamento do disco "Sangue de Amor", em que sua verve da cultura popular ainda existe, mas com mais espaço para o pop-rock, psicodelia setentista, MPB, com beats eletrônicos, arranjos de metais, sopros e toda uma parafernália que dá significado à pluralidade do amor - tema que é o conceito do álbum.

O cantor faz show de estreia do disco no Teatro do Parque, Centro do Recife, nesta quinta-feira (12), a partir das 19h, dentro do projeto Seis e Meia. Ele leva ao palco produtores e músicos que também estiveram presentes na gravação do disco, que contou com participações de Tibério Azul, Bruna Caram, Filipe Catto, Bruno Souto e Marco Polo, da Ave Sangria.

Os ingressos custam R$ 40 (terceiro lote) e R$ 20 (meia), à venda no Sympla.

"As pessoas vão ver um outro Silvério, com baixo, guitarra, loops, levadas, diferente dos meus shows com ênfase na cultura popular, que obviamente é a minha matriz. Estou com vários shows no São João, graças a Deus", diz Silvério Pessoa, ao JC.

SIDARTA/DIVULGAÇÃO
MÚSICA Silvério Pessoa lança "Amor de Sangue" - SIDARTA/DIVULGAÇÃO
SIDARTA/DIVULGAÇÃO
MÚSICA Silvério Pessoa lança "Amor de Sangue" - SIDARTA/DIVULGAÇÃO
SIDARTA/DIVULGAÇÃO
MÚSICA Silvério Pessoa lança "Amor de Sangue" - SIDARTA/DIVULGAÇÃO

O artista ressalta que essa sonoridades do "Sangue de Amor" era o que faltava no seu catálogo. “Eu sou fã de Bob Dylan, de Neil Young, da Janis Joplin, do Led Zeppelin. Nunca escondi isso, até pelo meu visual (risos). Eu destaco essa sonoridade porque acho que será uma surpresa no show para quem ainda não ouviu o disco”.

Sobre o álbum

Em tempos de singles esporádicos no streaming, o "Sangue de Amor" chegou como um álbum conceitual, que extrapola o campo musical e bebe de referências que partiram além de outros trabalhos musicais, de leituras, apreciação de artes plásticas e até conversa direta com amigos.

O disco começou a ser produzido há cerca de seis anos no Sul da França, durante uma passagem de Silvério pelo país, e finalizado em Pernambuco, seu estado natal durante a pandemia. As vivências e percepções serviram de inspiração para novas composições.

"Esse é um álbum 'insólito' por dois motivos: tive o tempo como o meu parceiro, não fiquei preso em prazos ou pressão de gravadora. Comecei rascunhos na França, e no home studio comecei a montar o projeto", explica o cantor.

"Sobre o conceito, eu comecei a ler Dante (Alighieri), sobre questões emocionais, esse campo do sentimento que está tão em voga na pedagogia, na sociologia. O amor sempre foi canalizado e enfatizado na música, então não seria uma novidade dizer que falo sobre o amor. Mas acho que falo dos paradoxos, do amor que cresce, eleva, que fecunda, que mata, destrói."

"Sangue de Amor" conta com a produção musical assinada por Yuri Queiroga, que vem despontando como músico e produtor, e Ricardo Fraga, parceiro de Silvério desde o início do projeto. Para anunciar este lançamento, o pernambucano escolheu a faixa Caveira de Cavalo como single, que foi lançada em 18 de março deste ano, abrindo caminhos para uma nova fase artística.

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