Quem foi Paulo Diniz? Relembre a trajetória do cantor de 'Pingos de Amor'
Paulo Diniz foi dono sucessos como "Canoeiro", "Um Chopp pra Distrair" e "Quero Voltar Pra Bahia"
Falecido nesta quarta-feira (22), o pernambucano Paulo Diniz foi cantor e compositor de sucesso na música brasileira entre os anos 1960 e 1980. É responsável por sucessos como "Canoeiro", "Um Chopp pra Distrair", "Ponha um arco íris na sua moringa" e "Quero Voltar Pra Bahia".
Nascido em Pesqueira, em Pernambuco, ele começou a carreira como locutor ainda jovem, aos 12 anos, trabalhando em veículos como Rádio Difusora e Rádio Jornal do Commércio (do Recife), de onde foi demitido.
Após alguns anos trabalhando como locutor na Rádio Globo, no Rio de Janeiro, Paulo Diniz conheceu a maioria dos artistas bem sucedidos - ou os que corriam atrás do sucesso. Ele começou a se apresentar no programa Jovem Guarda, estourando o iê-iê-iê "O Chorão", de Edson Mello e Luiz Keller.
Em parceria com o amigo Odibar, compôs sucessos como "Pingos de Amor", "Um Chope pra Distrair", "Piri Piri" e "Ponha um Arco-íris na sua Moringa", além do hino de protesto "Quero Voltar Pra Bahia", uma homenagem a Caetano Veloso.
Paulo Diniz também musicalizou muitos poemas de língua portuguesa de autores, como Carlos Drummond de Andrade ("E Agora, José?"), Gregório de Matos ("Definição do Amor"), Augusto dos Anjos ("Versos Íntimos"), Jorge de Lima ("Essa Nega Fulô") e Manuel Bandeira ("Vou-me Embora pra Pasárgada").
Entre o final dos anos 1980 e os anos 1990, não gravou nenhum disco em decorrência de problemas de saúde que quase o deixaram paralítico. Paulo Diniz contraiu esquistossomose num banho de rio, provavelmente no interior de Minas Gerais, terra de sua ex-mulher, com quem casou no auge do sucesso
O artista passou os últimos anos da vida morando em Boa Viagem, bairro da Zona Sul do Recife. Não fazia mais shows, mas continuava compondo. No final de 2019, voltou ao estúdio e gravou uma canção inédita, que pretendia lançar como single. Clique aqui para conferir a última entrevista ao artista ao JC.