ADIAS E KANYE WEST: Saiba qual o valor do prejuízo da marca após romper com rapper por antissemitismo
Adidas anunciou que está encerrando a sua colaboração com o rapper Kanye West após seus comentários de cunho antissemita
A empresa de roupas e equipamentos esportivos Adidas anunciou nesta terça-feira (25) que está encerrando a sua colaboração com o rapper Kanye West, após seus comentários de cunho antissemita nas últimas semanas.
"Após um estudo aprofundado, a empresa tomou a decisão de encerrar imediatamente a colaboração com Ye", disse o grupo em comunicado. "A Adidas não tolera antissemitismo ou qualquer outra forma de discurso de ódio", acrescentou.
Adias e Kanye West: Empresa terá prejuízo de R$ 1,3 bilhão
A empresa informou que o impacto negativo de curto prazo será de 250 milhões de euros (cerca de 1,3 bilhão de reais) no lucro líquido da empresa em 2022, já que este quarto trimestre é considerado alta sazonalidade. Estimula-se que a linha de West representava 8% das vendas da marca.
Segundo a Adidas, a decisão terá efeitos imediatos. O prejuízo que a empresa deve assumir com o fim da parceria equivale a um sexto do receita líquida anual da Adidas.
"Os comentários e ações recentes de Ye são inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores de diversidade, inclusão, respeito mútuo e justiça da empresa", disse a Adidas num comunicado, acrescentando que vai encerrar a produção da linha de roupas e calçados Yeezy e suspender todos os pagamentos ao rapper e às suas empresas.
Kanye West e Judeus: Por que o rapper vem sendo acusado de antissemita?
Kanye West está imerso em mais uma polêmica depois de fazer publicações de cunho antissemita - termo que se dá ao preconceito contra populações de origem semita, como os árabes e os judeus.
O caso começou quando o músico norte-americano usou uma camisa com a estampa "Vidas Brancas Importam" ("White Lives Matter" em contraponto ao movimento antirracista Black Lives Matter) durante um desfile na Semana de Moda de Paris.
A frase rendeu críticas na indústria da moda e da música, a exemplo do posicionamento crítico do rapper Diddy.
Kanye West ofendeu judeus nas redes sociais
Ao se defender, no Instagram, Kayne West publicou uma sequência de prints de uma conversa Diddy. Nas mensagens, West afirma que o colega de profissão era "controlado por judeus".
A publicação foi removida do Instagram e sua conta está bloqueada - ou seja, Kanye não pode fazer novas postagens na rede social. West, então, partiu para o Twitter para questionar a atitude de Mark Zuckerberg, dono do grupo Meta, que controla o Instagram.
Em seguida, West fez publicações no Twitter dando a entender que atacaria os judeus. Mais especificamente, ele escreveu "death con 3 com o povo judeu".
Ao escrever "death con 3" em seu tweet, ele estava aparentemente se referindo ao termo militar "defcon". Existem cinco níveis que indicam a intensidade de uma ameaça à segurança nacional, sendo 5 o mais baixo e 1 o mais alto.
O tweet, portanto, sugere que ele estava se preparando para algum tipo de ameaça ao povo judeu ou que ele próprio iria infligir algum tipo de violência a eles. Por conta disso, ele também foi bloqueado do Twitter.
Após ser banido das redes, Kanye West comprou a empresa Parlement Technologies, responsável pelo aplicativo e rede social Parler.
Parler é um aplicativo popular entre o público conservador e se denomina como "a rede social da liberdade de expressão", sendo usada por apoiadores de Donald Trump nos EUA.