Joelma inicia pelo Recife as gravações do seu novo projeto audiovisual, "Isso é Calypso Tour Brasil", que contemplará shows em cinco cidades brasileiras. O começo pela capital pernambucana é como uma reprodução do seu início de carreira: foi aqui que a história da Banda Calypso deslanchou.
"Começamos nas periferias, íamos nas rádios pequenas e fomos crescendo, crescendo… Na verdade, foi aqui onde tudo começou mesmo. Começou por aqui, não foi pelo Pará", começou Joelma, durante coletiva realizada na última quinta-feira (1º) no Classic Hall, onde o show ocorrerá no sábado (3), a partir das 22h.
"Eu tenho lembranças lindas, grandiosas e maravilhosas. É um sentimento de gratidão com esse povo pernambucano, pois me abraçaram, acolheram. Me senti muito amada nesse lugar. Eu não tinha muito disso dentro da minha casa. Meu pai era problemático, minha mãe trabalhava demais", continuou.
A Banda Calypso chegou ao Recife na virada do milênio, sendo empresariada pela Luan Promoções - escritório que até hoje tem forte influência na música nordestina. O sucesso do grupo na Região Metropolitana emanou para outras cidades vizinhas e impactou até mesmo a cena brega, que incorporou elementos paraenses. "A maior parte da minha vida e carreira foi aqui nesse lugar."
Detalhes do show de Joelma no Recife
Embora tenha evitado explicações maiores sobre o show, Joelma antecipou que dará uma atenção especial ao começo da carreira, sobretudo os primeiros CDs - o segundo, "Calypso Vol. 2", foi gravado durante um show na capital pernambucana.
"Eu pensei muito no primeiro CD, muito do que aconteceu no Galo da Madrugada. São muitas histórias e momentos. Então, pensei muito em tudo isso que vamos trazer. Teremos o resgate musical, mas também do figurino".
Uma participação especial da gravação será com Victor Santos, filho do compositor Louro Santos (falecido em 2020, vítima da Covid-19) e que atualmente é empresariado pela Luan.
"Nós já tínhamos combinado de fazer uma live, mas lembro que eu cancelei a live e não pudemos trabalhar. O Louro Santos, pai dele, é um dos compositores que eu mais amava cantar. Ele tinha uma letra diferenciada, que me tocava muito como intérprete, tanto que gravei muitas músicas na Calypso na carreira solo. Não tinha como gravar aqui sem homenagear o pai dele", disse Joelma.
Saúde de Joelma
A paraense também tocou num assunto que preocupou fãs nos últimos anos: a saúde. "É bem desafiador fazer essa turnê porque preciso da minha resistência física, da minha forma física”, disse. "O Covid afetou tudo: mente, corpo, alma. Tudo. Eu sou uma pessoa que se agarrou muito com Deus. Acredito o impossível, no sobrenatural, e eu vou do jeito que eu tiver. Do jeito que tiver como fazer.”
Recentemente, Joelma revelou que sofreu três derrames oculares e que chegou a ter paradas cardíacas. Sobre os constantes inchaços do corpo, ela reiterou que se tratavam de "sequelas que vieram à tona".
"Percebi que quando eu voava, quando eu fazia um voo muito longo, eu ficava muito inchada. O médico me explicou que aquilo era um processo de trombose e eu poderia ter morrido. Eu não sabia. Olha só, que loucura. Hoje, tomo muito cuidado com isso e sou medicada quando voo. A minha resistência está bem alta"
Joelma garantiu que está “muito bem” para a nova fase de shows. “Consegui aumentar a minha imunidade. Os médicos me ajudaram e ter cuidado com a microbiota, que fica alojada no nosso intestino e é justamente onde a Covid ataca e acaba com as bactérias boas. Isso fez uma diferença grandiosa na minha saúde. Isso que deixou a minha resistência forte. Tanto é que a quinta Covid não me afetou tanto”.
SERVIÇO
Isso é Calypso Tour Brasil
Onde: Classic Hall (Av. Gov. Agamenon Magalhães, S/N - Salgadinho, Olinda)
Quando: neste sábado (3)
Quanto: entre R$ 70 (frontstage individual) e R$ 1800 (camarote para 10 pessoas), à venda no Acesso Ticket
Comentários