Uma campanha de arrecadação está sendo realizada para ajudar o compositor Antonio Madureira, ícone do movimento armorial, a custear um tratamento do Mal de Parkinson. O objetivo é arrecadar R$ 180 mil.
Um vídeo editado por Otto Cabral, com participação de vários artistas e pessoas públicas, foi divulgado para divulgar a campanha. Assista abaixo.
Antonio vem recebendo tratando da doença com a combinação de várias terapias há 12 anos. "Mas, há alguns meses, necessidades mais específicas vêm se apresentando e com isso, um alto custo com medicamentos, cuidadores e alimentação especial", diz o texto de divulgação.
"Essa campanha tem o objetivo de nos unirmos numa corrente de bem e gratidão a esse compositor que contempla o legado da música brasileira com a sua obra. E, com isso, conseguirmos fazer uma arrecadação para um ano de tratamento, no valor R$ 180.000,00."
COMO DOAR PARA ANTONIO MADUREIRA
Doe através das chaves PIX: musicamadureira@hotmail.com (e-mail) e 81 9 96272295 (telefone). Também é possível doar através de transferência:
Maria Cecilia Didier de Moraes
Agência: 0001
Conta: 56549525-7
Conta Corrente
CPF: 245.135.804-10
Banco: 260 - Nu Pagamentos S.A.
SOBRE O ARTISTA
Antonio Madureira é potiguar da cidade de Macau – RN. Compositor, regente, violonista, violeiro e pesquisador no campo da cultura popular brasileiras. No final dos anos 1960 muda-se para o Recife. Na Escola de Belas Artes do Recife recebe a formação de músico violonista pelas mãos de José Carrión.
O encontro com o escritor e professor paraibano Ariano Suassuna em 1971, no contexto do movimento armorial, abriu caminho para a estruturação da carreira profissional do jovem compositor.
À frente do Quinteto Armorial (1972-1981), pela gravadora discos Marcus Pereira (1974-1981), gravou os discos Do Romance ao Galope Nordestino (1974) e Aralume (1976), ambos premiados pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), e Quinteto Armorial (1978) e Sete Flechas (1980).
Ainda pela mesma gravadora, no campo da pesquisa, produziu os discos Instrumentos Populares do Nordeste (1976) e Frevo de Bloco (1979).
Em 1975, integrou o o Conselho Municipal de Cultura durante a gestão de Suassuna como Secretário de Cultura e Educação da cidade do Recife.
Nesse contexto, é criada a Orquestra Romançal Brasileira (1975-1978), com Madureira à frente dos trabalhos como regente e compositor. Essa é a fase de criação do concerto Toque pra marimbau e orquestra, registrado em LP, subsidiado pela mesma Secretaria em 1977.
Em 1978, Madureira muda-se para a cidade de Campina Grande - PB e colabora com a criação do Núcleo de Extensão Cultural (NEC) da Universidade Federal da Paraíba. Um dos trabalhos realizados por Madureira é a pesquisa "Iniciação à música do nordeste", com apoio do CNPq (1980), consistente na proposta didática do ensino da música brasileira pela perspectiva dos mestres da cultura popular de microrregiões do nordeste brasileiro.
Com o término do Movimento Armorial e do Quinteto Armorial em 1981, Antonio Madureira, nos anos 1980, passa a atuar como violonista e compositor, gravando dois discos solos para de violão, 1982 e 1986.
Nesse período, pela gravadora Eldorado, dedica-se ao trabalho composicional infantil, com destaque ao disco Baile do Menino Deus, em parceria com Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima.
O disco se transformou em Alto de Natal, e desde os anos 1990 vem sendo encenado no marco zero da cidade do Recife Antigo. Nesse período dos anos 80, a produção musical transita entre o Balé, Teatro e Cinema, com destaque para a trilha original do compositor para a versão do Auto da Compadecida de 1987, dirigida por Roberto Farias e com elenco dos Trapalhões.
Dos idos de 1994 a 1998, com Ariano Suassuna ocupando a Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, Antonio Madureira cria o Quarteto Romançal, gravando dois CD’s Quarteto Romançal (1997) e No Reino da Ave dos Três Punhais (2000). Dessa produção pode-se destacar para o campo da música instrumental ou música de câmara brasileira as suítes Retreta, Toque dos Encantados e Toque dos Orixás.
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