Recife diploma quatro novos patrimônios vivos
Marisqueira Edileuza Silva; yalorixá Mãe Nete, Tribo Indígena Tapirapé e Balé da Cultura Negra do Recife receberão bolsas vitalícias

O Recife realizou a diplomação de seus novos Patrimônios Vivos, no último domingo (26), em evento realizado num palco montado em frente ao Paco do Frevo, na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife.
Foram diplomados: a marisqueira Edileuza Silva do Nascimento, a yalorixá Laurinete Moraes (Mãe Nete), a Tribo Indígena Tapirapé e o Balé da Cultura Negra do Recife (Bacnaré).
A escolha foi conduzida pelo Conselho Municipal de Política Cultural, que avaliou as candidaturas em dezembro do ano passado. A celebração contou com a presença de representantes culturais e autoridades municipais.
Bolsas vitalícias
Os novos Patrimônios Vivos receberam placas de diplomação das mãos de homenageados de edições anteriores.
Além disso, passam a contar com bolsas mensais em caráter vitalício, como forma de incentivo à continuidade de seus trabalhos e saberes culturais. Os valores são de R$ 2.009,83 (para indivíduos) e R$ 2.679,78 (para coletivos).
A iniciativa visa também promover a transmissão e preservação das técnicas e tradições representadas pelos homenageados.
Processo seletivo
Ao todo, 27 candidatos participaram do processo seletivo, que incluiu análise documental e defesas públicas.
"Graças a Deus, fui homenageada em vida. Estou muito contente", declarou Edileuza Silva do Nascimento, marisqueira que aprendeu o ofício ainda na infância e representa uma linhagem antiga de mulheres e homens.
"Esses novos nomes que consagramos na nossa posteridade cultural, com a participação e o protagonismo da sociedade civil, irão se juntar aos oito patrimônios que a cidade já se orgulha de ter", disse a secretária de Cultura, Milu Megale.
Mais patrimônios vivos
Esse foi o terceiro concurso de Patrimônio Vivo do Recife, que já conta outros oito grupos e personalidades reconhecidas nas edições 2023 e 2024.
A cada ano, desde o início do programa, duas pessoas e dois coletivos artísticos, que atuam na preservação e celebração de importantes tradições da cidade, mantendo vivas suas técnicas, seus saberes e modos de fazer culturais, recebem a titulação. Conheça os demais selecionados:
- Associação Cultural e Quadrilha Junina Origem Nordestina;
- Tribo de Caboclinhos Tupi;
- parteira Edileusa Maria da Silva;
- porta-estandarte José Fernando Alves Zacarias (Eleitos no Edital de 2023);
- passista Zenaide Bezerra;
- Antônio José da Silva Neto, que assumiu a alcunha de Mestre Teté, à frente do Maracatu Almirante do Forte;
- Pierrot de São José;
- Gigante do Samba.