Morreu no Rio, domingo, Dia do Forró, aos 87 anos, Zé Calixto, uma das lendas do gênero; um dos maiores tocadores da história dos oito baixos. Ele sofria do mal de Alzheimer. Paraibano, de Campina Grande, Zé Calixto tinha 80 anos de música. Começou a tocar cedo, aos sete anos, e, aos oito, já se apresentava nos programas da Rádio Borborema de Campina Grande.
Era de uma família de grandes instrumentistas. Foi para o Rio levado por Antônio Barros, que lhe conseguiu um teste na gravadora Sinter. Na hora do teste, Antônio Barros sugeriu que, em vez de choros e sambas, ele tocasse forró. Mas Zé Calixto não sabia: "Ele disse que eu tocasse aquelas coisinhas que eu fazia com meu pai, em Campina Grande. Foi assim que comecei e gravei meu primeiro 78rpm", contou o sanfoneiro numa entrevista ao JC em 2007.
Ele viveu a grande época do forró, entre 1962 e 1972. Participou das caravanas ao lado de nomes nacionais, como Ari Lobo, Jackson do Pandeiro, Genival Lacerda, Marinês, Messias Holanda. Tem um discografia extensa, com cerca de 25 discos, por gravadoras do Sudeste, e vários CDs, por selos variados ou independentes. Era presença constante no São João de Campina Grande. Foi o último de uma linhagem que se pode determinar que venha de Januário, o pai de Luiz Gonzaga. Em setembro, faleceu aos 94 anos, o que foi considerado o maior dos tocadores de fole de oitos baixos, o paraibano, também de Campina Grande, Geraldo Correa.(J.T.)
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