TELEDRAMATURGIA

TV Cultura lança a minissérie "Independências", com Antonio Fagundes e Maria Fernanda Candido

Projeto dirigido por Luiz Fernando Carvalho propõe rever a história da Independência do Brasil

JC
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Publicado em 15/08/2022 às 21:40 | Atualizado em 15/08/2022 às 21:45
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PERSONAGEM Maria Fernanda Candido vive a artista Maria Graham - FOTO: DIVULGAÇÃO
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Estreará justamente no feriado de 7 de setembro a minissérie "Independências", na TV Cultura. O projeto, com 16 episódios, marca os 200 anos do fato histórico e surgiu a partir de pesquisa realizada pelo jornalista José Antonio Severo. Depois foi desenvolvido pelo diretor Luiz Fernando Carvalho em parceria com o dramaturgo Luís Alberto de Abreu. Os dois já haviam realizado juntos trabalhos como "Hoje É Dia de Maria", "Capitu" e "A Pedra do Reino", todos na TV Globo, entre outras.

Com episódios exibidos semanalmente, até o final do ano, "Independências" tem como proposta recontar o Brasil através de uma releitura que se convencionou chamar de nova historiografia. A ideia central de Carvalho é reivindicar a participação de, sobretudo, personagens que foram postos à margem ou que foram apagados pela história oficial.

Neste revisionismo, observa-se, por exemplo, a importância do protagonismo feminino na Independência do Brasil, com a própria Leopoldina, artífice central no processo da Independência, ou Maria Felipa, cuja participação foi referencial na luta pela independência da Bahia, mas não consta nos registros tradicionais. Surgem também figuras como o Padre José Maurício, maestro negro da Corte Imperial, também ausente na história que se tornou oficial.

No elenco estão Antonio Fagundes, como D. João 6º, e Walderez de Barros, como Dona Maria 1ª, além de Lea Garcia, Renato Borghi, Jussara Freire, Pedro Paulo Rangel, Maria Fernanda Candido, Celso Frateschi, Daniel de Oliveira, Ilana Kaplan, Cassio Scapin e as cantoras Margareth Menezes e Fafá de Belém.

"Eu talvez possa afirmar que se trata de um trabalho atual, não de época. Nosso presente está repleto de passado. Me parece fundamental fazermos essa ponte entre nossas fundações e os desdobramentos que ocorreram nos séculos seguintes", fala Luiz Fernando Carvalho. "A história do Brasil sempre nos foi contada de forma romantizada, quando, na verdade, é trágica, bárbara, marcada por golpes e genocídios que precisam ser iluminados."

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