Após médicos indicarem desligamento, vereador cobra melhorias no Hospital da Mulher
O vereador Tadeu Calheiros cobrou nesta segunda (14) atenção da prefeitura à unidade de saúde
Após um grupo de 32 obstetras protocolar 32 cartas de intenção de desligamento do serviço no Hospital da Mulher do Recife, o vereador Tadeu Calheiros cobrou nesta segunda (14) atenção da prefeitura à unidade de saúde. O parlamentar é vice-presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
Segundo Tadeu Calheiros, médicos estão sobrecarregados há mais de dois anos com a falta de profissionais para compor as escalas de plantão e com a precariedade dos materiais de trabalho. Há relatos que os pacientes chegam a esperar até oito dias por um procedimento.
Como mostrou a colunista Cinthya Leite, gestantes vivenciam "cenário de guerra" com a falta de médicos obstetras e superlotação no Hospital da Mulher do Recife. Em seu pronunciamento, o vereador reforçou que a prefeitura precisa olhar com urgência para a realidade da maternidade do HMR. Segundo o parlamentar, ela é a que mais realiza procedimentos no Recife.
"São cerca de 600 procedimentos por mês. A outra maternidade que fica em segundo lugar, tem uma média de 350. Mesmo assim, o número de plantonistas nessa segunda maternidade é de cinco médicos para cada 12 horas. Já no HMR, a quantidade de obstetras no plantão, muitas vezes, não chega a cinco. Profissionais denunciam que recebem agressões verbais e ameaças dos pacientes. Muitos estão adoecendo com vários problemas de saúde mental, entre eles, crises de estresse e ansiedade", alerta Tadeu.
O vereador lembrou que desde junho do passado, uma comissão do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) esteve na Secretaria de Saúde do Recife para tentar encontrar uma solução para a falta de profissionais no Hospital da Mulher. Segundo ele, nada foi feito até agora.
"A gestão precisa, urgentemente, colocar mais profissionais no HMR. A prefeitura diz que abre um processo seletivo para contratar uma escala com cinco profissionais. Não cabe! Uma escala que precisa de no mínimo seis ou sete profissionais, nunca terá médicos interessados devido à quantidade insuficiente de pessoal, arriscando as vidas dos pacientes e as suas próprias carreiras. Ou todos nós vereadores levamos esse problema para o prefeito, ou correremos um sério risco de vermos mais uma maternidade do Recife sem profissionais para atender. Precisamos de um esforço coletivo para que isso não aconteça", concluiu.
“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”