Secretário da Fazenda de Paulo Câmara rebate Krause: "é o melhor resultado de caixa dos últimos 27 anos"
Secretário respondeu números apresentados ontem pela vice-governadora eleita Priscila Krause

O secretário da Fazenda do Governo Paulo Câmara, Décio Padilha, respondeu às acusações feitas ontem (26) pela vice-governadora eleita Priscila Krause. Rebatendo a informação de que o governo teria deixado rombo no orçamento, ele afirmou que este seria "o melhor resultado de caixa que tem nos últimos 27 anos".
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (27), Décio falou que Pernambuco trabalhou para melhorar a máquina de aplicação de recursos e que tem operação de crédito em bancos.
Segundo Natália Ribeiro, da TV Jornal, Décio apontou para os R$ 2,9 bilhões de saldo em conta e fez um questionamento: "Tem ou não tem dinheiro? Se isso aqui é pouco, eu nunca tive. Nos meus 29 anos de fazenda, nunca vi um governo ir para outro governo com R$ 3 bilhões em caixa".
"Se isso é pouco, a gente precisa ir para São Paulo ou outro estado mais rico, porque eu nunca vi dizer que isso é pouco dinheiro".
E finalizou: "É o melhor resultado que tem nos últimos 27 anos. Se isso não é bom...", ironizou.
Entenda o caso
Priscila Krause realizou uma coletiva na última segunda-feira (26) para apresentar os resultados dos trabalhos da equipe de transição.
Entre outras coisas, ela afirmou que nos últimos dois meses de 2022 foram firmados 16 novos convênios de obras, no total de R$ 87,4 milhões com municípios. Ela classificou a movimentação como inédita em relação ao volume de convênios, comparando com anos anteriores.
Segundo ela, há uma discrepância entre o discurso fiscal da atual gestão e a realidade vivida pelo povo pernambucano.
"O que estamos vendo no comportamento dos últimos meses, é uma atitude pouco responsável do atual governo diante de um cenário fiscal de incertezas, seja pelas questões fiscais nacionais colocadas, seja por uma questão local de dificuldades que foram sendo acumuladas ao longo do tempo. Você teve uma aceleração de contratação”, afirmou a vice de Raquel Lyra.
“É permitido você deixar para uma nova gestão, fazer a contratação de obras de investimento para um novo governo assumir, sem a previsão orçamentária? Não há disponibilidade no orçamento, quanto mais do ponto de vista financeiro”, questionou. “Pernambuco não é um estado arrumado do ponto de vista fiscal e financeiro e nós vamos ter que arrumar essa casa”, completou.
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