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Varejo tem queda de 2,5% nas vendas, diz pesquisa do IBGE

Resultado é influenciado por isolamento social imposto pela pandemia do coronavírus

Agência Brasil
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Publicado em 13/05/2020 às 10:12 | Atualizado em 13/05/2020 às 10:12
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na passagem de fevereiro para março, a queda só não foi maior porque o setor de supermercados e alimentos teve uma alta de 14,6%. - FOTO: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O volume de vendas do comércio varejista do Brasil caiu 2,5% na passagem de fevereiro para março deste ano. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a queda veio depois de uma alta de 0,5% de janeiro para fevereiro.

O resultado foi influenciado pelas medidas de isolamento impostas em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Na comparação com março de 2019, o recuo foi de 1,2%. Apesar disso, o varejo acumula altas de 1,6% no ano e de 2,1% em 12 meses. Na passagem de fevereiro para março, a queda só não foi maior porque o setor de supermercados e alimentos teve uma alta de 14,6%.

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“Março foi bastante impactado pela estratégia de isolamento social adotada em algumas das cidades mais importantes e populosas a partir da segunda quinzena do mês. Essas cidades consideraram hiper e supermercados e produtos farmacêuticos como atividades essenciais, enquanto as demais tiveram as portas fechadas nos comércios de rua e nos centros comerciais”, disse o pesquisador do IBGE Cristiano Santos. Os artigos farmacêuticos e médicos também tiveram crescimento (1,3%).

Retração afeta vários segmentos

As outras seis atividades de varejo pesquisadas tiveram queda nas vendas de fevereiro para março: tecidos, vestuário e calçados (-42,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-36,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-27,4%), móveis e eletrodomésticos (-25,9%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,2%) e combustíveis e lubrificantes (-12,5%).

O varejo ampliado, que também inclui materiais de construção e veículos, teve redução de 13,7% devido aos recuos de 36,4% na venda de veículos, motos e peças e de 17,1% nos materiais de construção.

O varejo ampliado teve queda de 6,3% na comparação com março de 2019. O setor se mantém estável no acumulado do ano e apresenta alta de 3,3% no acumulado de 12 meses.

Receita nominal

A receita nominal do varejo brasileiro teve queda de 1% na comparação com fevereiro deste ano e altas nos outros tipos de comparação: 2,6% em relação a março de 2019, 5,6% no acumulado do ano e 5,3% no acumulado de 12 meses.

Já a receita nominal do varejo ampliado teve retração de 12% na comparação com fevereiro deste ano e de 2,8% em relação a março de 2019. No acumulado do ano, houve alta de 3,3% e no acumulado de 12 meses, de 4,5%.

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