PIB

Com pandemia do novo coronavírus, PIB brasileiro encolhe 1,5% no primeiro trimestre

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE

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Publicado em 29/05/2020 às 9:20 | Atualizado em 29/05/2020 às 9:36
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O governo vem tratando a proposta como "a segunda fase da reforma tributária". Uma hipérbole - FOTO: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve queda de 1,5% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com último trimestre de 2019.

Os dados foram divulgados nesta(29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o primeiro trimestre de 2019, o PIB caiu 0,3%. Em 12 meses, o PIB acumula alta de 0,9%.

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É a primeira queda depois de quatro trimestres positivos e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB chegou a nível semelhante ao do segundo trimestre de 2012.

Segundo o IBGE, o recuo foi puxado pela queda de 1,6% nos serviços, setor que corresponde a 74% do PIB. A indústria também caiu (-1,4%), enquanto a agropecuária cresceu (0,6%).

Entre serviços, os segmentos mais afetados foram os de outros serviços (-4,6%), transporte, armazenagem e correio (-2,4%), informação e comunicação (-1,9%), comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). O único que teve alta foi o de atividades imobiliárias (0,4%).

Quanto às atividades industriais, o setor extrativo (-3,2%) teve o pior desempenho, seguido da construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).

Consumo das famílias tem a queda mais intensa desde 2001

A pandemia também impactou no padrão de consumo das famílias, levando-o a uma queda de 2%. O levantamento aponta que este é o maior recuo desde a crise de energia elétrica de 2001. Os efeitos da pandemia também influenciaram a queda de 2% no consumo das famílias. 

Já o consumo do Governo ficou praticamente estável (0,2%) no primeiro trimestre deste ano, mesmo nível do último trimestre do ano passado. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) subiram 3,1%, puxados pela importação líquida de máquinas e equipamentos pelo setor de petróleo e gás.

Enquanto isso, a produção nacional de máquinas e equipamentos e a construção caiu, observou Rebeca. A balança comercial brasileira teve uma queda de 0,9% nas exportações de bens e serviços, e as importações de bens e serviços cresceram 2,8%.

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