Na esteira do aumento dos gastos dos governos para fazer frente à pandemia do novo coronavírus, a dívida pública brasileira acelerou seu crescimento em maio. Dados divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Banco Central (BC) mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral fechou maio aos R$ 5,929 trilhões, o que representa 81,9% do Produto Interno Bruto (PIB).
O porcentual, divulgado nesta terça pelo Banco Central, é maior que os 79,8% de abril. No melhor momento da série, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
>> Em meio à pandemia da covid-19, desemprego sobe para 12,9% no Brasil
>> Em meio à crise do coronavírus, renda de microempreendedor fica abaixo do salário mínimo
Com o aumento de despesas públicas em função da covid-19, a expectativa é de que a dívida bruta continue a subir nos próximos meses no Brasil. Este é um dos principais fatores de preocupação dos economistas do mercado financeiro.
A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
O BC informou ainda que a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) passou de 52,8% para 55,0% do PIB em maio de 2020. A DLSP atingiu R$ 3,983 trilhões.
A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil, hoje na casa dos US$ 348 bilhões.
Comentários