O presidente da República,
Jair Bolsonaro, prometeu que o governo vai se empenhar para concluir obras de ferrovias na sua gestão. Segundo ele, isso representa "zelo pelo recurso público". Bolsonaro falou sobre o assunto ao visitar as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), em São Desidério (BA), que tem mais de 1,5 mil quilômetros e vai ligar Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO).
"Nós optamos. Antes de investir massivamente em ferrovias, é terminar as obras já começadas. Isso demonstra que temos zelo pelo recurso público e realmente estamos investindo em algo bom para o nosso Brasil", disse Bolsonaro no evento.
Para acelerar a obra da Bahia, o governo fez uma parceria com o Exército para a construção.
Em sua fala, o presidente elogiou os militares e afirmou que eles não fazem parte de uma "instituição isolada", e sim representam "o povo, o Brasil".
A concessão do empreendimento está sendo viabilizada pela Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública ligada ao Ministério da Infraestrutura. “Se lá atrás, com Juscelino [Kubitschek] houve investimento massivo nas rodovias porque o petróleo era barato, e isso era bom para aquela época, depois da crise do petróleo isso mudou, depois dos anos 70. Mas pouco gente pensou em investir em ferrovias. E nós optamos, antes de investir massivamente em ferrovias, em terminar as obras já começadas”, disse Bolsonaro.
Antes de o presidente discursar, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que a obra da Ferrovia de Integração Oeste-Leste é uma das mais importantes do Brasil atualmente. "É progresso na veia. É uma obra que vai fazer toda a diferença", disse.
Tarcísio destacou que a gestão Bolsonaro é "um governo de entrega". "Nós vamos transformar o agronegócio brasileiro com essa ferrovia, ainda mais em uma região em que o agronegócio mais cresce."
Sobre os recursos para finalizar a obra, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, explicou que parte da outorga de prorrogação da Estrada de Ferro Vitória a Minas, da empresa Vale, cerca de R$ 500 milhões, será investido na aquisição de trilhos, “para garantir que não vai haver descontinuidade”. Além disso, os recursos da prorrogação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) serão utilizados para construir o trecho de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO).
“Então, vamos interligar Ilhéus à Ferrovia Norte-Sul. E como vamos fazer a ferrovia do Centro -Oeste, no Mato Grosso, em breve teremos uma concessão que vai pegar desde a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), em Água Boa (MT), no Vale do Araguaia, até o porto de Ilhéus. Vamos transformar o agronegócio brasileiro com essas ferrovias. Já temos uma ligação norte-sul, passaremos a ter a ligação leste-oeste. E isso é transformador para uma região que é onde o agronegócio mais cresce no Brasil”, disse Freitas.
Esta é a primeira vez, desde 1995, que um batalhão de engenharia do Exército assume uma obra ferroviária no país. Os militares atuarão na construção de 18,3 km do Lote 6 da Fiol, próximo a Correntina (BA). O prazo é de dois anos, ao custo de R$ 115 milhões.