Moradores de algumas comunidades de grande vulnerabilidade social nos municípios do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe receberão uma ação educacional planejada pela healtech Salvus na próxima segunda-feira (19). A iniciativa, apoiada pelo edital Startups & Comunidades da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), também irá incluir o monitoramento, a partir de um aparelho, dos que já foram contaminados pela covid-19, receberam cura clínica da doença, mas ainda possuem sequelas.
Com a aparelho, desenvolvido pela própria Salvus em projeto-piloto, cerca de 1.200 pessoas devem ser acompanhadas por cerca de 60 dias, e reabilitadas após esse período.
A pesquisadora da Salvus, Rafaela Covello, explica que dado o histórico de doenças causado por mutações anteriores ao novo coronavírus, bem como os resultados divulgados através de pesquisas científicas, existe grande probabilidade dos pacientes já recuperados apresentarem algum tipo de comprometimento em sua capacidade respiratória, fazendo com que uma parcela destas pessoas acabe adquirindo doenças crônicas.
“A ideia é que a ferramenta garanta o acompanhamento e medições remotas e em tempo real, para antecipar-se a eventuais problemas, evitando intercorrências e possíveis remoções aos hospitais”, revelou a pesquisadora.
O projeto, denominado como "Todos a Salvus", contará com o apoio da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e das prefeituras das cidades envolvidas. O objetivo principal da ação, segundo Maristone Gomes, CEO da empresa de saúde, é ajudar as pessoas que contraíram a covid-19 e sentem incômodo para realizar tarefas comuns do dia a dia, como limpar a casa, ou até mesmo brincar com os filhos. “Esperamos que o processo de reabilitação dos participantes seja realizado com sucesso, proporcionando o restabelecimento completo e à volta da vida normal", disse Maristone.
Ainda segundo a empresária, caso o projeto tenha sucesso em sua implementação nas comunidades de baixa renda do Grande Recife, ele poderá ser espalhado pelo Brasil. "Com o êxito da operação, pretendemos desenvolver um protocolo que possa ser aplicado e disseminado em todo o País”, completou.
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