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RECIFE

Lucas Moraes
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Lucas Moraes
Publicado em 25/11/2020 às 2:00
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Em todo o País, o mercado imobiliário pôde comemorar os resultados ao fim do terceiro trimestre de 2020. Num ano em que a maioria dos setores econômicos tem contabilizado perdas, o segmento imobiliário cresceu em vendas 57,5% frente o segundo trimestre deste ano, dando um salto de 23,7% quando comparado ao mesmo período de 2019.

Os números constam nos Indicadores Imobiliários da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), divulgados esta semana, e apontam que, só no Recife, houve um crescimento de 144% nas vendas de imóveis. Mesmo com a demanda aumentando, o equilíbrio do mercado segue pressionado.

Os estoques têm queda de 13%, enquanto os lançamentos reduziram 10% se comparados ao terceiro trimestre do ano passado no País. Com a falta de insumos, a produção foi encarecida e trouxe falta de previsibilidade para muitos empresários. Com menos imóveis à disposição no mercado, o preço dos apartamentos deve seguir uma trajetória gradual de alta pelo menos até o primeiro trimestre de 2021.

De acordo com os indicadores da Cbic, no Nordeste estão os melhores resultados em relação à venda de imóveis nos últimos nove meses. A região chegou a 22.933 unidades vendidas - um crescimento de 27,1% frente as 18.040 unidades vendidas nos primeiros nove meses de 2019.

"A preocupação principal hoje reside no desabastecimento de insumos, que traz problemas graves como aumento de preços e atrasos de entrega. Se isso não for resolvido para o ano que vem, é um temor que temos por conta do volume", ressalva o presidente da Cbic, José Carlos Martins.

A falta dos insumos é um dos principais fatores a influenciar na disparidade entre vendas e lançamentos. O resultado disso pode ser prejudicial ao consumidor no médio e longo prazo, já que mesmo com condições facilitadas para financiamentos, o escoamento do estoque pode dar prosseguimento a uma alta do preço dos imóveis.

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