Infraestrutura

Carlos Vilar se despede da presidência do Porto do Recife e Jaime Alheiros (ex-Suape) assume nesta quinta-feira (3)

Aos 74 anos, Vilar estava na presidência do porto pela terceira vez, mas decidiu renunciar ao cargo em função dos perigos à saúde trazidos pela pandemia da covid-19

JC
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Publicado em 03/12/2020 às 14:02 | Atualizado em 03/12/2020 às 15:08
Marlon Diego/Divulgação
Villar renuncia ao cargo, em função das dificuldades impostas pela covid-19, uma vez que faz parte do grupo de risco - FOTO: Marlon Diego/Divulgação

A partir desta quinta-feira (03), o Porto do Recife começa a operar sob o comando do arquiteto urbanista e especialista em gestão de projetos Jaime Alheiros. No currículo, Jaime traz 25 anos de atuação em planos setoriais e planejamento estratégico, bem como larga experiência em gestão pública, inclusive no setor portuário. Entre 2011 e 2018, Alheiros foi diretor de Planejamento e Urbanismo, e diretor de Planejamento e Gestão do Complexo Industrial Portuário de Suape.

O arquiteto e urbanista é o 22º (entre titulares e interinos) presidente a assumir o comando do ancoradouro recifense, desde o convênio de delegação firmado entre o Governo do Estado de Pernambuco e a União Federal, em junho de 2001, que passou a administração e exploração do Porto Organizado do Recife para o Estado de Pernambuco por intermédio da empresa Porto do Recife S.A. “O Porto do Recife é um importante equipamento para o desenvolvimento econômico de Pernambuco, apoiando o crescimento pujante dos polos industriais da RMR, nos últimos anos. Além da sua função logística, contribui para a revitalização do Bairro do Recife com os projetos de revitalização portuária (REVAP) e pode fazer muito mais enquanto plataforma turística para o Estado – é um porto que tem história e tem futuro!”, ressalta o novo diretor-presidente.

Alheiros vai substituir Carlos Vilar, funcionário de carreira, com 45 anos de casa e que estava na presidência do ancoradouro pela terceira vez. “Dediquei quase meio século de minha vida ao Porto do Recife, contribuí de muitas maneiras para a história desse ancoradouro centenário. Aos 74 anos senti que era o momento de dedicar tempo para a minha família e cuidar de minha saúde. Em tempos pandêmicos fico limitado, em virtude de minha idade, e não posso servir ao Porto com a dedicação de sempre. O momento pede alguém mais jovem”, explica Vilar sobre a renúncia ao cargo.

BALANÇO DA GESTÃO

Esta última gestão (de fevereiro de 2019 a novembro de 2020) de Carlos Vilar, na presidência do Porto, foi marcada por uma profunda reforma administrativa, equilíbrio operacional, investimento em novas tecnologias e obras estruturadoras, e adequação a lei das estatais.

Dentre as ações de maior destaque, registramos a reestruturação organizacional da empresa e a aquisição de um Sistema Integrado de Gestão Empresarial que deixará um sistema Business Intelligence à disposição dos gestores e que ajudará a tomar decisões inteligentes, mediante dados e informações recolhidas pelos diversos sistemas de informação, integrando os dados, recursos e processos, de todas as áreas.

Nos negócios, a gestão de Carlos Vilar retomou áreas operacionais para arrendamentos, realizou contratos de transição com grandes empresas que ocupam áreas operacionais e deixou muitos projetos encaminhados para atrair o setor privado para dentro das áreas portuárias, como o projeto e estudo de viabilidade do terminal de granel sólidos para atender a demanda da indústria cervejeira no Estado, em complementação ao terminal da Rhodes que já existe.

Os projetos e a viabilidade das obras estruturadoras também marcaram a gestão. A expectativa é de que nos próximos meses seja publicado o edital de licitação da obra de dragagem do Porto do Recife. A licitação é fruto de um Termo de Compromisso assinado, no final de 2019, entre o Governo do Estado e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, com interveniência da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado e a interveniência executora da Porto do Recife S.A., na ordem de R$ 28.500.000,00. A licitação prevê a retirada de um volume de 832.208 m³ de sedimentos do cais acostável, canal interno e bacia de evolução.

Também foram finalizados outros dois editais, que já estão com Termo de Compromisso assinado, no valor de R$ 27.500.000,00, um para a obra de drenagem, pavimentação de toda a faixa de cais, reforço dos berços 00 e 01, iluminação e combate a incêndio, e outro para a aquisição de novas defensas. Todas essas obras devem ser concluídas até o final de 2021.

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