Vinculada corp 44

Publicado em 10/01/2021 às 2:00
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A corrida pelo ouro, além da compra e venda de peças no que pode ser chamado de mercado físico, também tem outros caminhos para quem deseja investir no ativo. No mercado financeiro, opções comuns são as negociações de contratos futuros, a compra de barras de ouro ou a aplicação em fundos.

"Na compra do ouro físico, há corretoras que vendem a barra de ouro. Essa é a forma mais antiga de investir nesse metal, porém tem mais custo envolvido, com taxa de forja, taxa de envio. Você compra o bem e fica para você, em casa ou onde queira guardar. As corretoras garantem a recompra, mas você também paga pelo reenvio das barras", explica João Victor Scognamiglio, sócio da Múltiplos Investimentos.

Segundo ele, a forma mais simples de investir em ouro é através dos fundos de investimento no metal nobre. "Você compra a cota, paga uma taxa de administração e o fundo investe em ouro para você. Ele fica com a responsabilidade de fazer a custódia ou comprar ativos relacionados a ouro", explica.

Uma terceira via se dá através dos contratos futuros de ouro na Bolsa de Valores. Nesse caso, pode ser negociado o lote-padrão de 250 gramas de ouro fino ou o lote-padrão de 10 gramas de ouro fino ou 0,225 gramas. Nesses dois últimos casos não é possível a retirada física do produto no vencimento do contrato.

A bolsa negocia o ouro em reais por grama. No Brasil, a cotação de ouro reflete as expectativas do mercado internacional atreladas ao mercado interno e à variação do dólar. Não sendo negociado, portanto, em relação à onça troy, como no mercado internacional.

"O maior problema desse tipo de contrato é que eles são caros. O menor valor atualmente deve ser R$ 90 mil. No geral, a minha visão é de o ouro cabe no perfil de qualquer tipo de investidor. Agora as pessoas têm que ter em mente que o ouro é proteção de patrimônio, uma reserva de valor", ressalva o sócio da Múltiplos Investimentos.

No último mês de dezembro, a XP lançou o primeiro ETF de ouro do mercado nacional. O fundo busca replicar o preço do ouro em dólar através do ativo offshore Ishares Gold Trust ETF (IAU), gerido pela BlackRock — e cujas cotas comporão, no mínimo, 95% do seu patrimônio.

O novo produto é negociado na B3 sob o código GOLD11 e foi aberto a investidores em geral. A taxa de administração é de 0,30% ao ano. O investimento mínimo é de uma cota do fundo, que iniciou com preço estimado em aproximadamente R$ 10.

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