PANDEMIA

Pernambuco teve queda de 12,4% no setor de serviços em 2020. Bem acima da média nacional de - 7,8%

O IBGE avaliou que a retração no setor de serviços no último mês de 2020 fez Pernambuco ficar um pouco mais longe de recuperar os índices anteriores à pandemia

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 11/02/2021 às 16:34
FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
No caso de ambientes em que o público fique sentado e utilizando máscaras a todo o tempo, como salões de beleza, a distância mínima entre os clientes foi diminuída para um metro - FOTO: FILIPE JORDÃO/JC IMAGEM
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O volume de serviços em Pernambuco em dezembro de 2020 teve queda de 1,6% em comparação a novembro, enquanto a taxa, no Brasil, ficou próxima da estabilidade (-0,2%). O desempenho do estado interrompe uma série de seis meses com resultados positivos. Este também é o terceiro pior resultado do país, atrás apenas de Minas Gerais (-1,7%) e Tocantins (-4,7%). As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.

Com a retração no setor de serviços no último mês de 2020, Pernambuco fica um pouco mais longe de recuperar os índices pré-pandemia. Em dezembro, o indicador esteve 5,2 pontos percentuais abaixo do patamar de fevereiro, mês anterior à imposição de medidas de distanciamento social por conta da disseminação do novo coronavírus. Em novembro, o percentual havia sido de 4,2 pontos percentuais. Enquanto isso, o comércio e a indústria já conseguiram recuperar as perdas ocasionadas pela pandemia.

Na comparação entre os números de dezembro de 2019 e dezembro de 2020, o recuo no volume de serviços em Pernambuco foi de 2,6%, sendo que a média nacional foi ainda pior, com retração de 3,3%. A PMS mostra, ainda, o quanto 2020 foi um período difícil para o segmento: no acumulado do ano, a queda foi de 7,8% no Brasil e de 12,4% em Pernambuco.

ALTAS

Entre os cinco segmentos pesquisados pela PMS, duas atividades tiveram alta na comparação entre dezembro de 2020 e dezembro de 2019. A categoria Outros serviços, como compra, venda e aluguel de imóveis, atividades de apoio à agricultura, à pecuária e gestão de resíduos sólidos registrou um aumento de 5,1%. O setor acumula cinco meses seguidos de números positivos. A outra categoria foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares, que incluem, por exemplo, seleção de mão de obra, atividades jurídicas e alugueis não imobiliários, como locação de veículos, cujo avanço foi de 3,5%.

QUEDAS

A atividade de serviços com o pior desempenho foi a de Serviços prestados às famílias, que marcou índices negativos em todos os meses do ano. Em dezembro de 2020, a queda foi de 20,6% frente a dezembro de 2019. Essa atividade, que inclui 23 tipos de serviços, como hotéis, bares, restaurantes, salões de beleza, espetáculos de artes cênicas e atividades esportivas em geral, amarga retrações significativas desde março, devido à pandemia. O setor também têm os índices mais desfavoráveis na variação acumulada do ano (-43,5%).

Os dois segmentos de serviços restantes que tiveram recuo em dezembro no confronto com o mesmo período do ano passado foram os serviços de informação e comunicação (-1,8%), cuja retração no acumulado do ano foi de 3,6%, e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,9%), que teve uma redução de 9% em 2020.

Tomaz Silva/Agência Brasil
Compra, venda e aluguéis de imóveis foram um dos poucos setores que tiveram aumento na atividade no final do ano passado - FOTO:Tomaz Silva/Agência Brasil

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