DESEMPENHO DO PIB II

A economia de Pernambuco cresceu 1,8% no quarto trimestre de 2020

Pode ser o começo de uma retomada da atividade econômica, que só deve se consolidar depois da imunização contra o coronavírus

Angela Fernanda Belfort
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Angela Fernanda Belfort
Publicado em 05/03/2021 às 19:22
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A presidente da Agência Condepe-Fidem, Sheilla Pincovsky, argumenta que a volta da atividade econômica deve ocorrer de forma gradativa depois da imunização - FOTO: GUGA MATOS /ACERVO JC IMAGEM
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A melhor performance da economia pernambucana em 2020 ocorreu no quarto trimestre, quando houve um crescimento de 1,8% do PIB estadual. No País, foi registrada uma queda de 1,1% da economia no mesmo período. Este desempenho não foi mudou a trajetória de queda da economia estadual que foi de 1,4% no ano passado impactada principalmente pela pandemia do coronavírus.

>> O impacto da pandemia no PIB de Pernambuco em 2020

Ao comparar com o mesmo período de 2019, o crescimento do PIB de Pernambuco foi o seguinte nos três primeiros trimestres de 2020: 0,6%; -9,1% e 0,9%. "Pode ser o começo de uma recuperação", diz o gerente de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Agência Condepe-Fidem, Rodolfo Guimarães. Geralmente, o quarto trimestre é o de maior atividade econômica por causa das festas de fim de ano que não ocorreram - com os mesmos eventos e serviços - no final do ano passado devido à pandemia. 

No quarto trimestre do ano, a agropecuária pernambucana registrou um aumento de produção de 15,2%; a indústria total cresceu 6,7% e a (indústria) de transformação teve uma alta de 7,9%. Até a construção civil pernambucana cresceu 6,9% e o comércio também teve um desempenho positivo de 5,9%. No mesmo período, os serviços tiveram um decréscimo de 0,3% - incluindo uma queda de 5,3% em outros serviços e também um decréscimo de 14,2% em armazenamento e correio.

2021

A previsão dos técnicos da Agência Condepe-Fidem é que ocorra um crescimento de 2,5% do PIB pernambucano, caso ocorra um cenário "alentador, voltando a nova normalidade", como explicou a presidente da Condepe-Fidem, Sheilla Pincovsky. Esse cenário mais otimista passaria pela imunização da população com a vacina contra o coronavírus e pode ser revisto, dependendo do que for acontecendo. "Estamos em março e não esperávamos o comércio fechando nos finais de semana e nem que os jovens tivessem sendo internados por causa do coronavírus", argumenta Sheyla.

Se a crise sanitária perdurar, 2021 pode ser até pior do que 2020, segundo a economista Claudia Pereira que faz parte da equipe que elabora o PIB da Condepe-Fidem. A previsão é de que a economia vá se recuperando, aos poucos, depois da imunização. "A história mostra que a economia não volta de uma hora pra outra depois das grandes pandemias, mas é um processo gradativo", diz Sheylla.

Entre os técnicos da Condepe-Fidem, é senso comum que a economia só volta ao normal depois da imunização. O ministro da Economia, Paulo Guedes, parece que percebeu isso nesta sexta (5) numa declaração que deu a Globo News.

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