Covid-19

''O governo não teve a sensibilidade de dialogar com o setor'', diz representante dos shoppings de Pernambuco sobre quarentena

Segundo Paulo Carneiro, com o aumento das restrições, haverá um impacto econômico expressivo para os lojistas do Estado

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Renata Monteiro

Publicado em 15/03/2021 às 18:34 | Atualizado em 17/03/2021 às 13:53
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Após o anúncio do governo de Pernambuco de que um novo lockdown será realizado no Estado entre os dias 18 e 28 de março, o presidente da Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), Paulo Carneiro, afirmou que, apesar de entender que "o momento é de excepcionalidade e de contribuir para conter a propagação e aumento de casos da covid-19", acredita que os shoppings são espaços "controlados", que possuem intensa "vigilância" e vêm seguindo todos os protocolos de segurança sanitária e, portanto, poderiam seguir abertos durante o período de quarentena no Estado. As informações foram repassadas pela entidade através de nota.

"O governo não teve a sensibilidade de dialogar com o setor, que tem sido extremamente colaborativo. Com o aumento das restrições, haverá um impacto econômico expressivo para os lojistas, que deixarão de fazer as suas vendas e girar a economia, ameaçando empregos", diz o comunicado da Apesce, assinado por Carneiro. No texto, o presidente afirma, ainda, que ainda não é possível medir o impacto dessa nova quarentena para os lojistas, mas que as medidas são "prejudiciais para um segmento que vem sofrendo há muito tempo".

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De acordo com o governo estadual, durante o lockdown não poderão funcionar os serviços de "bares e restaurantes; shoppings e galerias comerciais; óticas; salas de cinema e teatros; academias; salão de beleza e similares; comércio varejista de vestuário, calçados, eletroeletrônicos e linha branca, cama, mesa e banho e produtos de armarinho; escolas e universidades (públicas e privadas); clubes sociais , esportivos e agremiações; práticas e competições esportivas; praias, parques e praças; ciclofaixas de lazer, eventos culturais e de lazer, além dos sociais. Igrejas e demais templos religiosos poderão abrir para atividades administrativas e para preparação e realização de celebrações via internet".

Por outro lado, não terão que fechar as portas os serviços essenciais do Estado, como supermercados; padarias; farmácias; postos de combustíveis; petshop; clínicas, ambulatórios e similares; bancos e lotéricas; transporte público; indústrias, atacado e termoelétricas; construção civil; material de construção; materiais e equipamentos de informática; lojas de materiais e equipamentos agrícolas, oficinas e assistências técnicas e lojas de veículos.

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