Avaliação

Pernambuco dá primeiro passo para ampliar capacidade de pagamento; entenda o que muda

Se a capacidade de pagamento do Estado subir, Paulo Câmara espera realizar uma operação de crédito de R$ 1 bilhão para obras

Imagem do autor
Cadastrado por

Cássio Oliveira

Publicado em 29/04/2021 às 12:12 | Atualizado em 29/04/2021 às 14:18
Notícia
X

O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, afirmou, na manhã desta quinta-feira (29), que o Tesouro Nacional aprovou o resultado fiscal do Estado com relação ao endividamento. De acordo com o secretário, Pernambuco vem há anos tentando se enquadrar na classificação de risco necessária para adquirir operações de crédito, a Capag B. Porém, mesmo com a aprovação da nota de endividamento, o Tesouro ainda irá analisar as notas de poupança corrente e liquidez.

>> Pernambuco quer melhorar a nota que indica a capacidade de pagamento

>> Secretário apresenta relatório fiscal de Pernambuco com a expectativa de aumento nos investimentos

>> Após encontro no Tesouro Nacional, Paulo Câmara diz que Pernambuco vai poder voltar a contratar operações de crédito para investir em novas obras

No entanto, segundo Décio, o resultado está próximo de sair. "Pernambuco fez um ajuste fiscal duro em 2019, de R$ 490 milhões, depois foram R$ 550 milhões, em 2020, cortados. Atingimos equilíbrio fiscal e o Tesouro pode mudar nossa nota de Capag. Pernambuco teve a primeira nota oficialmente de endividamento aprovada, falta poupança e liquidez. Se aprovados, muda o rating e podemos voltar a fazer operação de crédito. Esperamos já fazer uma de R$ 1 bilhão após a aprovação", afirmou o secretário à Rádio Jornal.

A Capacidade de Pagamento é considerada uma classificação de risco pelo Tesouro Nacional para determinar se Estados e municípios com conseguirão honrar seus compromissos. Apenas entes federativos com notas A ou B são elegíveis para buscar empréstimos com garantias da União. Desde 2016, Pernambuco não consegue novas operações de crédito e vem investindo em média de R$ 1,4 bilhão nos últimos anos. Com a mudança na avaliação, saindo do Capag C para B, é esperado acesso na ordem de 6% da receita corrente líquida, que a lei prevê, um crédito de até R$1,6 bilhão por ano, dando condições de dobrar os investimentos.

No início do ano, Décio já havia afirmado que a meta da gestão Paulo Câmara (PSB) é alcançar a melhor Capacidade de Pagamento, a Capag A, em 2022. Hoje, o único Estado no Brasil com nota 'A' é o Espírito Santo.

Tags

Autor