Governo federal autoriza início das obras do Ramal do Triunfo sem concluir as obras da Adutora do Agreste

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) anunciou que autorizou o início das obras do Ramal de Triunfo, em Pernambuco, nesta segunda-feira (14). As águas sairão da Adutora de Pajeú, em Calumbi, localizada a 408 km do Recife. O empreendimento vai beneficiar oito municípios em Pernambuco e 11 na Paraíba e receber um investimento de R$ 22,8 milhões, bancados pelo governo federal. A principal obra hídrica para os pernambucanos, a Adutora do Agreste se arrasta desde 2013 devido à lentidão no repasse dos recursos da União. A primeira etapa da Adutora do Agreste está com 85% de conclusão e vai levar água a 23 municípios do Estado.

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A água da Adutora do Pajeú é captada no Eixo Leste do projeto de transposição do Rio São Francisco, em Sertânia, e distribuída para os distritos e sedes de municípios em Pernambuco e da Paraíba. A primeira fase da segunda etapa do Sistema Adutor do Pajeú foi inaugurada em outubro de 2020, em São José do Egito, segundo informações do MDR. A inauguração contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A Adutora do Pajeú tem uma extensão de 193,4 quilômetros e tem sete estações de bombeamento, além de sete reservatórios apoiados. A Adutora do Pajeú foi uma das obras complementares à transposição que ficou pra ser executada pelo governo federal. A transposição consiste na construção de dois grandes canais: o Eixo Leste e o Eixo Norte. O primeiro capta a água em Floresta e vai até a cidade de Monteiro, na Paraíba. O segundo começa em Cabrobó e leva a água até o interior do Ceará, na região de Jati.  

A segunda fase da segunda etapa da Adutora do Pajeú, que contempla as obras do Ramal do Triunfo, vai atender as seguintes cidades em Pernambuco: Betânia, Brejinho, Iguaracy, Ingazeira, Santa Terezinha e Tabira, além de Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo. As cidades paraibanas que também vão receber a água deste ramal são: Imaculada, Desterro, Livramento, São José dos Cordeiros, Taperoá, Teixeira, Cacimbas, Água Branca, Matureia, Mãe d'Água e Juru.

ADUTORA DO AGRESTE

A primeira etapa da Adutora do Agreste precisa de R$ 200 milhões para ser concluída. A obra é construída pela Compesa com recursos do governo federal e vai levar a água do São Francisco para uma parte do Agreste que tem muita escassez no abastecimento de água. Em obras desde 2013, a previsão inicial era que a mesma fosse finalizada em 2015, o que não ocorreu. As obras pararam várias vezes por falta de repasse da União. "A nossa expectativa é de receber um novo aporte de recursos em julho. Para as obras não paralisarem seriam necessários R$ 162 milhões em julho e R$ 38 milhões em 2022", conta a secretaria estadual de Infraestrutura, Fernandha Batista. 

A intenção, segundo Fernandha, é concluir 95% das obras da Adutora do Agreste até o final deste ano. Construído pelo governo federal, o Ramal do Agreste deve ficar pronto em setembro deste ano. "Já estamos começando a nos preparar para operar o Ramal do Agreste", comenta Fernandha. O Ramal do Agreste liga Sertânia à Arcoverde, onde começa a Adutora do Agreste.

O Ramal do Agreste é a principal ligação que vai trazer a água do Eixo Leste da transposição para a Adutora do Agreste, que começa em Arcoverde e chega até Bezerros. Quando ambos estiverem em funcionamento, o Ramal do Agreste e a Adutora do Agreste vão distribuir a água do Eixo Leste da transposição do Rio São Francisco para até 2,2 milhões de pessoas.