Comércio varejista poderá expandir funcionamento e consumidores terão mais tempo para as compras de São João
Com a flexibilização, comerciantes esperam aproveitar as vendas para o período junino, já que as vendas para o Dia dos Namorados foram marcadas pelas restrições
O comércio varejista de rua e de bairros terá as medidas restritivas de combate à covid-19 flexibilizadas, acompanhando a decisão do Governo de Pernambuco de tornar as regras menos rígidas. As mudanças foram anunciadas nesta quinta-feira (17) e terá gradações diferentes por região, com condições mais severas de funcionamento ainda para a chamada região Macro III, no Sertão.
Durante 15 dias, começando a partir da próxima segunda-feira (21) e se estendendo até o próximo dia 4, o comércio varejista poderá funcionar das 8h às 18h de segunda a sexta-feira e das 9h às 19h nos finais de semana e feriados. Isso vale para os estabelecimentos da Região Metropolitana do Recife, Zona da Mata, Agreste e parte do Sertão.
O presidente da CDL Recife, Frederico Leal, acredita que as medidas anunciadas pelo governo de Pernambuco foi mais um passo em direção à normalidade, privilegiando a saúde, mas também olhando a economia. "O governo flexibilizou o horário do comércio de rua do centro e dos shopping e nós estamos na antevéspera do São João, no mês de junho que é um grande período de recuperação para o comércio. O governo foi sensível em olhar um pouco para a economia. A gente sabe que não é uma batalha que vai se vencer rapidamente e que é preciso avançar com a vacinação", diz.
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O empresário também alerta pra que empresários, lojistas e os consumidores continuem obedecendo os protocolos de segurança sanitária para que não aconteça uma regressão das medidas de flexibilização que foram tomadas. "De maneira geral o comércio está satisfeito e esperamos encerrar o mês de junho com uma boa recuperação", aposta Leal.
MAIS CAUTELA NO SERTÃO
Na chamada Macro III, que reúne 35 municípios do Sertão, a flexibilização das regras será menor e por menos tempo de duração. A flexibilização acontece entre os dias 21 e 27 de junho, com o comércio podendo funcionar das 8h às 18h nos finais de semana e das 9h às 18h nos finais de semana e feriados.
ECONOMIA E ARRECADAÇÃO FISCAL
Na avaliação do economista Rafael Ramos a flexibilização já era esperada. "Temos a pressão das entidades que representam os setores do comércio, apontando quedas históricas e falta de condições para que muitos sobrevivam a esta onda de medidas restritivas. Lembrando que boa parte do que foi adotado ano passado para amenizar os impactos não foi feito este ano e quando resgatado foi em um nível muito menor, como as linhas de crédito e o auxílio emergencial", afirma.
Ele também destaca que o próprio setor público também precisa de movimentação para ter arrecadação. "Desta forma a manutenção das medidas mais rígidas é para ajudar a não ter um colapso mas também prejudica a arrecadação e a própria capacidade de investimento em saúde", afirma.
"Para o fim de ano já se espera uma melhor situação. As projeções já são bem melhores. Como para PIB e vendas. Isto porque estamos verificando uma aceleração no ritmo da vacinação que dará condições de um funcionamento do setor produtivo sem medidas restritivas tão fortes", conclui.