INFRAESTRUTURA

O Porto de Suape vai reformar o Píer de Granéis Líquidos (PGL2)

A obra vai permitir ao porto pernambucano receber navios maiores de até 120 mil Toneladas de Porte Bruto (TPB). Há uma tendência mundial dos navios ficarem maiores para serem mais competitivos

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Angela Fernanda Belfort

Publicado em 28/09/2021 às 17:31 | Atualizado em 28/09/2021 às 17:34
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O Píer de Granéis Líquidos 2 (PGL-2) do Porto de Suape, localizado em Ipojuca, no Grande Recife, terá sua estrutura requalificada para dinamizar seu funcionamento e ampliar a movimentação de carga. As obras serão tocadas com recursos próprios da estatal portuária e deverão começar na segunda quinzena de outubro. O custo da intervenção é de R$ 7 milhões. Além de recuperação estrutural, as mudanças vão possibilitar ao píer receber navios maiores, o que é uma tendência mundial. Os portos que não se adequarem vão perder competitividade. 

>> Em busca de melhoria na competitividade, Porto de Suape investe R$ 59 milhões em obras de infraestrutura 

Atualmente, o píer suporta embarcações de até 90 mil toneladas de porte bruto (TPB). No entanto, após a conclusão dos serviços, poderá receber embarcações de até 120 mil (TPB). Essa é mais uma das ações de modernização do atracadouro, que vem investindo, ao longo deste ano, R$ 55 milhões na reestruturação dos píeres, cais e outras estruturas do Porto Organizado. Em 2020, foram aplicados R$ 16,7 milhões em obras.

 

“Estamos trabalhando para melhorar a nossa estrutura portuária com o propósito de receber navios de grande porte e, dessa forma, nos tornarmos mais competitivos nos cenários nacional e internacional. Suape é líder no país na movimentação de granéis líquidos. Com todos esses investimentos, vamos incrementar ainda mais a movimentação de cargas”, destaca o diretor-presidente da empresa, Roberto Gusmão.

De acordo com o diretor de Gestão Portuária de Suape, Paulo Coimbra, a reforma no PGL-2, píer mais utilizado do Porto Externo, reforça o compromisso da estatal portuária com o desenvolvimento. “Além disso, já estamos em vias de começar a construir uma nova Torre de Controle, equipada com o que há de mais moderno no mercado. Lá, é realizada a gestão do tráfego das embarcações, portanto, é um local estratégico para a eficiência de nossas operações. A obra deve começar ainda este ano”, revela.

O PGL-2 é um dos píeres mais utilizados para atracação de navios, movimentando diversos produtos químicos, como combustíveis e outros derivados de petróleo e fica no Porto Organizado, estrutura que tem como autoridade portuária a administração estadual, embora a decisão final sobre arrendamentos desta área seja do governo federal. Isso foi alterado em 2013 no governo da presidente Dilma Rousseff (PT) com a lei federal 12.815/2013 que transferiu parte das responsabilidades dos portos organizados para o governo federal. 

Para o diretor de Engenharia de Suape, Claudio Valença, essas intervenções são fundamentais para dinamizar o funcionamento do porto. “Estamos sempre estudando novas possibilidades de melhoria, incorporando equipamentos de última geração, para agregar agilidade e eficiência às atividades portuárias. O resultado, tenho certeza, será muito satisfatório,” ressalta.

ESTRUTURA

As operações portuárias de Suape ocorrem no porto externo, local que abriga quatro píeres de granéis líquidos (PGL-1, PGL-2, PGL-3A e PGL-3B), um Cais de Múltiplos Usos (CMU) e uma tancagem flutuante de GLP (gás de cozinha). No Porto Interno, há cinco berços de atracação (Cais 1, Cais 2, Cais 3, Cais 4 e Cais 5) que operam todo tipo de produto, como carga geral, contêineres, granéis sólidos, veículos etc.

Fundado há 42 anos no Litoral Sul de Pernambuco, o Porto de Suape se localiza entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santos Agostinho, o Complexo Industrial Portuário de Suape tem uma área de 13,5 mil hectares, abrigando 150 empresas instaladas e em implantação. Ainda contempla uma grande área de preservação ecológica, que representa 59% do território. Em 2020, o porto movimentou o total de 25,6 milhões de toneladas de cargas, alcançando o recorde histórico e o quarto lugar no país no ranking da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

 

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