LEILÃO 5G

Bolsonaro abre licitação de 5G que pode alcançar R$ 50 bilhões

Com 213 milhões de habitantes, a principal economia da América Latina busca modernizar seu setor de produção com a nova tecnologia e conectar mais brasileiros, instituições de ensino e estradas

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AFP

Publicado em 04/11/2021 às 13:03
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O presidente Jair Bolsonaro abriu nesta quinta-feira (4) a licitação da rede 5G no Brasil, a maior da história do país no setor de telecomunicações, com 15 empresas participantes e a expectativa de atrair investimentos de cerca de US$ 9 bilhões.

Bolsonaro marcou com um martelo simbólico o início da licitação, em um ato muito esperado em Brasília, onde destacou o avanço "histórico" na conectividade do país.

Com 213 milhões de habitantes, a principal economia da América Latina busca modernizar seu setor de produção com a nova tecnologia e conectar mais brasileiros, instituições de ensino e estradas.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abrirá os envelopes com as propostas, as quais serão analisadas. Segundo o Ministério das Comunicações, o processo pode se estender até sexta-feira, devido à quantidade de ofertas.

O governo estima que a licitação do 5G, uma das primeiras da América Latina e considerada por especialistas uma das maiores do mundo, deveria alcançar quase R$ 50 bilhões (em torno de US$ 9 bilhões) entre investimentos em infraestrutura e concessões.

A licitação se concentra em quatro blocos com frequências variadas, de diferente alcance e velocidade, por um período de 20 anos.

Além disso, inclui uma rede paralela para uso exclusivo do governo, na qual não será possível usar equipamentos da empresa chinesa Huawei. A companhia foi excluída pelos termos do edital, em meio a uma disputa geopolítica por acusações de espionagem feitas, especialmente, pelos Estados Unidos.

Entre as 15 empresas que apresentaram propostas, cinco já oferecem serviços de telecomunicações no país. Entre elas, estão Tim (filial brasileira da Telecom Itália), Telefónica Brasil (dona da marca Vivo e filial do grupo espanhol) e Claro (subsidiária da mexicana América Móvel).

As outras dez são empresas menores, especialmente de serviços de banda larga por fibra ótica.

O cálculo oficial prevê em torno de R$ 39 bilhões (ou US$ 7 bilhões) de investimentos em infraestrutura, incluindo equipamentos e torres de transmissão, no vasto território brasileiro. Especialistas estimam que o 5G precisa de entre quatro e dez vezes mais antenas do que o vigente 4G.

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