Bemisa vai ter permissão para fazer outra ferrovia no mesmo traçado da Transnordestina
A outorga - que é uma permissão - será dada para a construção de uma ferrovia de 717 km ligando Curral Novo, no Piauí, ao Porto de Suape.
A expectativa é de que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, assine, nesta quinta-feira (09) às 16 horas, uma outorga - uma permissão - para que a empresa Bemisa possa construir uma ferrovia com o mesmo traçado do trecho penambucano-piauiense da Transnordestina de 717 km, que começará em Curral Novo, no Sul do Piauí, e segue até o Porto de Suape. Com as obras iniciadas em 2006, a Ferrovia Transnordestina - que ligaria o Sul do Piauí aos portos de Pecém e Suape - está paralisada desde 2016.
A intenção é fazer com que Pernambuco não fique esperando pela empresa TLSA, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), para concluir o empreendimento, importante para melhorar a infraestrutura de Pernambuco e Estados vizinhos. A TLSA não demonstrou interesse em concluir o trecho pernambucano da ferrovia e informou que iria acabar primeiro o trecho que chegaria ao Porto de Pecém, nas proximidades de Fortaleza, a capital cearense.
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O governo federal também publicou a portaria nº 1487, de 07 de setembro, iniciando o processo que vai retirar a Ilha de Cocaia da área do porto organizado de Suape. Isso significa que a Bemisa poderá ter um terminal privativo para movimentar o minério de ferro, que é a grande carga a ser movimentada pelo empreendimento que a Bemisa vai assumir.
A Bemisa tem grandes jazidas de minério de ferro no Sul do Piauí que só são competitivas para a exportação, caso sejam transportadas até um porto por ferrovias.