ARTESANATO

Artesãos comemoram vendas no último dia da Fenearte

Artesãos demonstram que esta edição da Fenearte voltou a ampliar a visibilidade e o potencial de negócios

Cinthya Leite Angela Fernanda Belfort
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Cinthya Leite
Angela Fernanda Belfort
Publicado em 19/12/2021 às 20:51
FELIPE RIBEIRO/ACERVO JC IMAGEM
As novas regras valem até 1° de março - FOTO: FELIPE RIBEIRO/ACERVO JC IMAGEM
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O último dia da 21ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), neste domingo (19), mostra sinais de que, neste momento de flexibilização da pandemia de covid-19, a força do artesanato começa a ser retomada na economia local. A mostra movimentou o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, e levou um público à procura de produtos diversos - entre eles, peças decorativas, capas de almofada, jogos de tapetes, roupas, tapetes, rendas e acessórios. "A Fenearte está organizada e tranquila. Gostei dos preços, tem para todos os gostos e bolsos", disse a artesã Bruna Chaves, 34 anos, que foi à feira, neste domingo, como cliente. 

Com o tema É festa no reino da arte, o evento homenageou o Movimento Armorial, iniciativa idealizada pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, que teve como propósito criar uma arte erudita por meio dos elementos e riqueza da cultura popular. Com a retomada da feira este ano (em 2020, não foi realizada, devido à pandemia), os artesãos demonstram que esta edição da Fenearte voltou a ampliar a visibilidade e o potencial de negócios, criando redes de contato que permitem aos artesãos comercializarem seus produtos não apenas durante os 12 dias de evento, mas por todo o ano. "Percebi que o público foi menor, em comparação com 2019, mas as pessoas que passaram pela feira realmente vieram para comprar. Vendi mais do que na última edição e compensei o prejuízo que tive com a pandemia. Além disso, fizemos muitos contatos com lojistas, e isso faz com que tenhamos sempre pedidos, mesmo depois da Fenearte", conta a artesã Regilene de Souza, 47 anos, de Tracunhaém, município da Zona da Mata Norte do Estado. 

Neste último dia da Fenearte, capas de almofadas bordadas à mão estavam sendo comercializadas por R$ 15, e custavam R$ 20 nos primeiros dias da feira. Na promoção, jogos de tapete para banheiro estavam por R$ 15, metade do preço dos primeiros dias do evento. As mantas de casal estavam por R$ 29,90. 

Para encontrar as melhores ofertas, o consumidor andou por 21 ruas, que abrigaram os cinco mil expositores do evento, que comercializaram de joias em prata até esculturas em tamanho natural, passando por quadros, utilitários, pequenos móveis, roupas, cachaças, cafés especiais, entre outros.

A Fenearte é atualmente a principal plataforma de geração de negócios do setor e se consolida como a maior feira da América Latina. O evento funciona como importante elemento estruturador da cadeia produtiva do artesanato local, com o objetivo de valorizar e estimular o potencial de crescimento dos artesãos. Em 2019, a Fenearte recebeu o prêmio Rodrigo Melo Franco, como uma iniciativa de preservação do patrimônio cultural imaterial, importante por valorizar e difundir os saberes tradicionais.

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