MOBILIZAÇÃO

Sindicato de servidores do Banco Central mantém paralisação desta terça-feira (18) mesmo após reunião com Roberto Campos

O presidente do Sinal, Fábio Faiad, afirma que os serviços essenciais do BC serão mantidos durante a paralisação

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Estadão Conteúdo

Publicado em 17/01/2022 às 11:04 | Atualizado em 17/01/2022 às 11:07
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O Sindicato Nacional de Funcionários do Banco Central (Sinal), que representa analistas e técnicos da autarquia, prevê a participação de mais de 50% dos servidores do órgão na paralisação em protesto por reajuste salarial nesta terça-feira (18), de 10h às 12h. Neste horário, está previsto um ato em frente à sede do BC, em Brasília, em ação conjunta com o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). De 14h às 15h, também haverá um protesto em frente ao Ministério da Economia.

O presidente do Sinal, Fábio Faiad, afirma que os serviços essenciais do BC serão mantidos durante a paralisação de 10h às 12h. Contudo, outros serviços podem ser afetados. Segundo Faiad, pode haver suspensão ou interrupção do atendimento ao público, da distribuição do meio circulante, da prestação de informações ao sistema financeiro, da manutenção de informática (hardware e software) do BC e do acesso dos bancos a alguns sistemas de informação, entre outros possíveis impactos. "É uma paralisação inicial de advertência sem prejudicar os serviços essenciais. Só para dar um aviso."

Conforme o sindicato, cerca de 500 servidores em funções de chefia e substitutos já se comprometeram a entregar os cargos caso não haja avanços nas negociações. Além disso, outros 1.500 funcionários aderiram ao movimento, se comprometendo a não assumir os cargos vagos. Há 3.500 servidores no BC.

O movimento no órgão faz parte de uma mobilização mais ampla de servidores federais, iniciada com a indicação do presidente Jair Bolsonaro de que somente carreiras policiais seriam contempladas com reajuste em 2022. No Orçamento deste ano, ainda não sancionado, há R$ 1,7 bilhão reservados para aumento do funcionalismo. Além do reajuste, a mobilização no BC pede pela reestruturação da carreira dos técnicos e analistas, com demandas sem impacto financeiro, segundo o Sinal.

Na semana passada, os sindicatos de funcionários do BC se reuniram com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Mas as entidades saíram insatisfeitas do encontro que ocorreu de forma virtual, já que não houve propostas concretas. Segundo Faiad, Campos Neto já se comprometeu com uma nova reunião no fim deste mês, mas ainda não há data definida.

"Esperamos que, no finalzinho de janeiro, na nova reunião já agendada com o presidente do BC, haja uma proposta concreta. Caso contrário, passaremos a debater a proposta de greve por tempo indeterminado em fevereiro", reforça o presidente do Sinal

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